domingo, 13 de março de 2016

O "espiritismo" brasileiro e suas hesitações e contradições


Nesta mensagem, o anti-médium baiano Divaldo Franco apela para que as pessoas orem para a resolução da crise no Brasil, que atribui às "energias negativas" que impedem os "benfeitores" agirem nas ações de melhoria para o povo brasileiro.

Quatro anos atrás, Divaldo Franco tinha absoluta certeza que o Brasil passava por um período de resignação. O mistificador baiano, que adora criar datas fixas aqui e ali, criando a data de 2012 como "preliminar" para a "fase de regeneração da humanidade" e as datas de 2052 ou 2057 para a conquista de um "estágio mais harmonioso" para a espécie humana.

Essas práticas são condenadas por Allan Kardec. Concordando com o espírito Erasto, corroborava seu aviso de que criar datas fixas para determinados acontecimentos era indício de mistificação, o que tira pontos do "médium" baiano que jura ser o "mais correto discípulo" do professor lionês.

O "espiritismo" é um rol de contradições e hesitações aqui e ali. Na atividade supostamente mediúnica, os "espíritas" não conseguem decidir se a mensagem foi realmente psicografada - no sentido do médium receber o espírito de um falecido que escreve manipulando a mão do encarnado - ou se o espírito se limitou a ditar as palavras para o médium escrever.

Não há firmeza, não há coerência, e os espíritas defendem Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco tentando usar os mais apelativos argumentos para mantê-los no pedestal "espírita", mesmo que seja para mantê-los como enfeites, na ocasião de recuperarmos as bases kardecianas.

Os "espíritas" não conseguem se decidir se a fase de regeneração terá ou não conflitos, se ela tem a predominância do mal sobre o bem, ou se os dois se mantém em nível igual, ou se o bem é que prospera.

Até mesmo a profecia da Data-Limite de Chico Xavier é contraditória e confusa. Num ponto de vista, diz que o Brasil será um país próspero que acolherá exilados de países destruídos por calamidades e guerras. Num outro ponto de vista, diz que o país será invadido por estrangeiros em fuga.

PARA QUEM CONTESTA, "ESPÍRITAS" EXIGEM PROVAS; PARA SUA CAUSA, ELES DISPENSAM QUALQUER TIPO DE PROVA

Cínicos, os "espíritas" que se acham detentores da verdade e se esforçam sempre para ficar com a palavra final sobre tudo, nem que seja para definir os maus espíritas como "bondosos", adotam uma postura contraditória quando se trata de buscar provas lógicas e consistentes.

Quando se contestam mitos como Chico Xavier e Divaldo Franco, eles exigem argumentos rigorosamente científicos - leia-se a verborragia que se observa em monografias, por exemplo - , embasamento teórico austero, provas minuciosas e tudo o mais.

Quando é para elogiar ações e ideias, mesmo duvidosas, dos dois "médiuns", aí é que os "espíritas" se contradizem: não há necessidade de provas, "as provas estão todas ali", "o amor não precisa de provas", "tem coisas que escapam de qualquer necessidade de provas", "o amor não se prova, porque ele prova em si".

"MAIOR PROJETO DE CARIDADE DO BRASIL" QUE NÃO CONSEGUE AJUDAR 1% DE UMA CIDADE, QUANTO MAIS O PAÍS INTEIRO

Diante da "caridade" de Divaldo Franco, uma Mansão do Caminho que não consegue ajudar 0,08% da população de Salvador, o divaldista infiltrado numa comunidade de ateus no Facebook insistiu que o número foi feito para "diminuir o valor de sua caridade" e ainda disse que o simples objetivo de "ensinar a ler, escrever e trabalhar" já é "muito por si só".

O que o divaldista não sabe é que, se a pessoa aprende a ler e a escrever, mas não consegue compreender criticamente o mundo (coisa que o "espiritismo", que prega a resignação do sofrimento, NÃO ensina), então a alfabetização não foi grande coisa. E se o sujeito vai trabalhar e se tornar submisso ao patrão, também não foi muita a "vitoriosa caridade".

Desesperado, o divaldista não consegue dar um argumento consistente, insistindo na falácia de que Divaldo Franco é "o maior filantropo do país", dizendo coisas que mais parecem apelos publicitários, que não trazem qualquer sentido lógico.

Afinal, o "depreciativo" índice de 0,08% veio justamente de nosso esforço em provar que Divaldo não é o maior filantropo do Brasil e não seria sequer dos cem maiores. Esse resultado veio de um cálculo combinando o tempo de existência da Mansão do Caminho, a totalidade anunciada (pelo Fantástico) de 160 mil beneficiados e a população total de Salvador.

Fazendo um cálculo matemático, baseado em argumentos lógicos, chegamos à porcentagem de 0,08%. Menos de 1%. Isso é "maior projeto de caridade do Brasil", que, a níveis de uma única cidade (Salvador) não consegue atender 1% da população? Em níveis nacionais, então, a dimensão do "maior projeto de caridade" de Divaldo Franco equivale, praticamente, a ZERO POR CENTO.

Os "espíritas" se contradizem, mas fazem malabarismo discursivo conforme as conveniências. Eles dizem que seus ídolos "ajudam as pessoas" e "possuem grandes projetos de caridade". Num momento, dizem que eles transformam. No outro, dizem que eles não conseguem transformar, mas tentam. Num terceiro, alegam que eles "fazem o possível".

É um argumento malandro, que se contradiz o tempo inteiro. Afinal, eles ajudam ou não ajudam? Se os resultados concretos não aparecem, temos que admitir que eles NÃO ajudam. Será que temos que apegar a estereótipos de bondade para dizermos uma coisa, depois uma segunda e depois uma terceira, só para manter a reputação do ídolo religioso da ocasião?

E quanto a supostas atribuições de pioneirismo? Havendo o fracasso da suposição de que Chico Xavier teria previsto vida em Marte em 1935, com a prova de que Percival Lowell falava do mesmo assunto no século XIX, o que os "espíritas" irão alegar? "Pelo menos Chico mostrou o lado fraternal da coisa"? Isso seria ridículo!

Os "espíritas" tentam argumentar para manter convicções pessoais, dogmas e mitos. Se acham detentores da lógica quando, na verdade, eles tentam salvar o que há de mistificação que não está oficialmente desqualificado pelo senso comum. Como quem prefere ver os dedos doerem em vez de se livrar dos anéis, os "espíritas" preferem ver seus ídolos e dogmas em pé, ainda que mandem a lógica e o bom senso às favas.

Enquanto a deturpação da Doutrina Espírita manter alguns valores intatos, os "espíritas" os defenderão até o fim, evocando o bom-mocismo e tudo o mais. Mas quando a lógica conseguir provar que esses argumentos estão errados, os "espíritas" cairão no ridículo de sua incoerência.

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