quarta-feira, 30 de março de 2016

Respostas do "movimento espírita" às críticas são raras e tímidas


Nota-se que o "movimento espírita", diante das críticas que recebe, encontra cada vez mais dificuldades para responder às críticas que recebe. Em manifestações raras e tímidas, os próprios membros não conseguem mais contra-argumentar pelo simples fato de que é impossível defender suas contradições com algum argumento consistente.

Atualmente, o "movimento espírita" vive uma fase "dúbia". Nela, o nome de Allan Kardec é exaltado no discurso, e Jean-Baptiste Roustaing é jogado ao desprezo e à ignorância. No entanto, as ideias roustanguistas, já adaptadas ao contexto brasileiro por Francisco Cândido Xavier, permanecem sem que o nome do autor de Os Quatro Evangelhos possa ser sequer cogitado.

Essa fase "dúbia" foi uma tentativa do "movimento espírita" conciliar correntes científicas e religiosas, de uma maneira tendenciosa, como se pudessem isolar setores radicais do roustanguismo da Federação "Espírita" Brasileira, já que a crise do roustanguismo explícito se deu com a intransigência da cúpula da FEB com as federações regionais.

Com isso, por uma questão de mero arranjo político, os antigos roustanguistas que não estavam no "alto clero" resolveram bajular Allan Kardec e jurar suposta fidelidade a ele. O discurso passou a ser o de adotar "fidelidade absoluta" e "respeito rigoroso" ao pedagogo francês e sua obra.

Mas como falar é fácil, o roustanguismo que virou palavrão para os praticantes da fase "dúbia" do "movimento espírita" torna-se, de uma forma ou de outra, presente, como as alegações moralistas do sofrimento humano, atribuídas a supostas encarnações passadas e voltadas a um princípio de carma que os "espíritas" se dividem, no discurso, entre a defesa e a negação, mas na prática consentem com tais desgraças.

Com a divulgação de muitas irregularidades do "movimento espírita" na Internet, a fase "dúbia" entra em grave crise. E os "espíritas" tentam reagir como podem, mas a produtividade é escassa e tímida. Limitam-se eles a forjar bom-mocismo e falar em "coisas lindas" como "amor e fraternidade".

Uns tentam manter o joio com o trigo, alternando artigos mais agradáveis de Allan Kardec, além do uso leviano dos alertas do espírito Erasto - sim, os inimigos do Espiritismo citam Erasto como se não fosse contra eles que o espírito se dirige - , com outros exaltando Chico Xavier e Divaldo Franco, notórios mistificadores.

As argumentações são sempre as mesmas. "Profunda tristeza com campanhas desagradáveis", "cobranças severas contra quem só serve em prol do próximo" e outras pieguices chorosas mais. Em muitos casos, é o coitadismo de quem deturpou o pensamento de Allan Kardec até dele nada restar que se manifesta quando a sociedade pede aos "espíritas" explicações sobre as irregularidades existentes.

Eles também são tomados pela ilusão de que podem tudo, passarão por cima de tudo, e o coitadismo serve apenas como um verniz suave para a ambição, a arrogância e a intransigência. Como se eles tivessem direito de combater a coerência e o bom senso e achar que o cérebro humano é brinquedo para que qualquer mistificação esteja acima de qualquer processo lógico e realista.

Só que as respostas são raras e tímidas porque os próprios "espíritas" são adeptos do silêncio. Defensores da Teologia do Sofrimento, eles sempre diziam para os desafortunados aguentarem as desgraças em silêncio. Agora, precisam provar do veneno que ofereceram aos outros.

Daí que reagem às críticas em silêncio, achando que podem vencer pela derrota e dar sua palavra final pelo silêncio. Mas a verdade é que o "movimento espírita" não tem argumentos lógicos para explicar por que preferiu manter seu igrejismo extremado.

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