MAUSOLÉU DE CHICO XAVIER, EM UBERABA, NO TRIÂNGULO MINEIRO.
Um ato de vandalismo teria sido feito na madrugada da última quinta-feira no mausoléu dedicado ao anti-médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Um vidro ficou danificado com pancadas, o trinco foi mexido e uma placa de um túmulo vizinho foi jogada no lugar.
Segundo Eurípedes Higino, filho adotivo de Chico Xavier e responsável pelo mausoléu, ele havia chegado pela manhã e encontrou os danos cometidos. Ele acredita que os vândalos usaram peças de mármore de um túmulo vizinho para cometer os estragos.
"Nessa altura, tanto pode ser atitude de drogados, como de intolerância religiosa. Eu pensava que o Chico era respeitado desde as periferias e por pessoas de todas as religiões", afirmou Eurípedes, sobre o ocorrido. Ele já entrou em contato com um serralheiro para fazer a grade de segurança. O mausoléu já teve objetos roubados em outras ocasiões.
A onda de intolerância religiosa é a causa atribuída por muitas fontes. No entanto, os questionamentos que fazemos em torno de Chico Xavier não podem ser considerados expressão dessa intolerância. Pelo contrário, condenamos o ato de vandalismo e reconhecemos a gravidade da estupidez que seus praticantes cometem.
Quando enumeramos os erros diversos de Chico Xavier e afirmamos que ele não tem serventia para a doutrina de Allan Kardec, não estamos pregando ignorância religiosa nem incitando qualquer manifestação de ódio.
O que fazemos, com isso, é um questionamento no âmbito de ideias, no âmbito do conhecimento. Em nenhum momento aprovamos o ato de vandalismo e sempre respeitaremos a manutenção do mausoléu.
O que preferimos é que Chico Xavier seja reconhecido como um católico que abraçou a espiritualidade através do pensamento de Jean-Baptiste Roustaing. Xavier nada tem a ver com o pensamento científico de Kardec e o que pregamos é que se separem o chiquismo do kardecismo, como o joio do trigo.
Isso não quer dizer que aprovemos o vandalismo e a violência. Reprovamos totalmente. Queremos, sim, o "combate" pelo conhecimento, pelas ideias, dentro do respeito da integridade física e do convívio social, dentro da ordem e do equilíbrio humano.
Aliás, o vandalismo acaba fortalecendo o mito de Chico Xavier que tão trabalhosamente questionamos, sem ter apoio de mídia nem de outras instituições e pessoas influentes. Com os ataques ao mausoléu, Chico saiu novamente fortalecido, continuando a ser exaltado por qualidades que ele nunca teve.
Continuaremos questionando Chico Xavier como sempre fazemos, apontando suas fraudes, suas mistificações e outros aspectos duvidosos de sua trajetória. Continuaremos pedindo seu desvínculo da doutrina de Allan Kardec.
No entanto, reprovamos a intolerância, a violência e o vandalismo de onde quer que seja, porque são manifestações estúpidas, cegas, irracionais, que também contrariam a nossa racionalidade, e em nada contribuem para a transmissão de conhecimentos e para o debate em torno do Espiritismo no Brasil. Vandalismo é só desordem.
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