segunda-feira, 15 de junho de 2015

Attila Paes Barreto aponta a farsa do suposto "Humberto de Campos espírito"


COMENTÁRIO: Attila Paes Barreto, jornalista do Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, deveria ser redescoberto oficialmente e seu livro O Enigma Chico Xavier Posto à Clara Luz do Dia urgentemente editado. Quer dizer, se o Brasil realmente fosse um país sério, o que infelizmente está longe de ser verdadeiro.

O corajoso jornalista se dispôs a desfazer o mito de Chico Xavier, ao lado de outros esclarecidos que, graças a essa coragem, são tidos como "venenosos" e "traiçoeiros", a "promover escândalos" e "acender as labaredas" da opinião pública.

Nomes como ele e Osório Borba, crítico literário muito em evidência naqueles idos de 1944, precisam ser resgatados à nossa memória atual com a máxima urgência, por quem se interessar em garimpar suas obras.

O caso Humberto de Campos, que terminou em empate jurídico - o que impulsionou o crescimento do mito de Chico Xavier que hoje toma conta das mídias sociais (o Facebook está "contaminado" do legado do "bondoso" anti-médium) - , tem o parecer definitivo na ironia de Attila quanto à declaração do mentor Emmanuel sobre a "mudança de estilo" de "Humberto de Campos espírito".

Attila, que não acredita sequer que Emmanuel tenha ditado seus livros para Chico Xavier botar no papel - até as obras emmanuelianas teriam vindo das mentes do anti-médium - , muito menos consegue admitir que Humberto teria escrito as obras "mediúnicas" a ele atribuídas.

Reproduzimos aqui o breve artigo na colaboração do autor para a coluna Ineditoriais, do Diário de Notícias, na edição de 26 de julho de 1944, em que Attila destila sua divertida ironia questionando a declaração dada pelo "espírito Emmanuel" através da "mediunidade" de Xavier.

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Emmanuel e o estilo de Humberto de Campos

O repórter de um grande semanário ilustrado do Rio de Janeiro abalou-se até Belo Horizonte e Pedro Leopoldo, a fim de visitar e entrevistar Chico Xavier e Emmanuel (guia espiritual de Chico Xavier e ex-senador romano que não sabe latim). "Manifestou-se", então, Emmanuel, e o fez por sua livre e espontânea vontade.

Perguntou-lhe o repórter:

- Não teria havido modificação no estilo da literatura de Humberto de Campos depois de sua morte?

Respondeu Emmanuel:

- Naturalmente. O estilo é o homem espírito.

Naturalmente, o estilo é o homem espírito! Segundo, pois, o próprio guia espiritual de Chico Xavier, o estilo da obra literária de Humberto, espírito, não é o mesmo estilo da obra literária de Humberto, vivo.

Houve modificação.

E para pior.

Para o intragável.

E, no entanto, a publicidade da livraria editora da Federação Espírita Brasileira escreveu alhures que a obra de Humberto, espírito, deixa, naqueles que a leem, - "VERDADEIRO DELEITE INTELECTUAL", pois que nela se identifica - "TODA A BELEZA QUE SÓ O FEITIO DE HUMBERTO DE CAMPOS SABIA INOCULAR EM SEUS ESCRITOS"!!

Aliás, quem já leu toda ou quase toda a obra mediúnica e - NÃO MEDIÚNICA - de Chico Xavier, não precisa experimentar o espírito de Humberto de Campos como se experimenta uma pilha voltaica (como diria o prof. Cadmo de Moura Brandão), para verificar que Emmanuel é quem está com a razão, e que o estilo de Humberto de Campos, espírito, é o mesmo estilo de Emmanuel, o qual, por sua vez, é o mesmo estilo de Chico Xavier.

ATTILA PAES BARRETO

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