FORTALEZA NA CIDADE DE TADMUR (PALMIRA), NA SÍRIA, É DOMINADA POR INTEGRANTES DO ESTADO ISLÂMICO.
A ação do grupo terrorista Estado Islâmico preocupa as autoridades das Nações Unidas, que reclamam uma ação conjunta dos países ocidentais para combater essa milícia jihadista, que passou a controlar o território da Síria pela metade e também uma parte do território do vizinho Iraque.
O grupo se envolve em atividades de destruição de patrimônios históricos e o fato deles terem dominado a cidade de Tadmur (Palmira), toda constituída de um valioso patrimônio histórico, é preocupante pela sua intenção em promover retrocessos sociais profundos.
Afinal, grupos de fundamentalismo religioso agem para tentar retroceder a humanidade àquilo que eles leram e acreditam nos chamados livros sagrados. Dependendo do ponto de vista, movimentos religiosos pretendem retroceder a humanidade para parâmetros que, pelo menos em sua essência, correspondessem aos tempos "áureos" descritos nos seus livros de referência.
O mais curioso é que o Catolicismo atual e o Protestantismo, em que pesem suas fantasias surreais e seus jargões inusitados (como "adoração" e "trono", no caso dos evangélicos), não agem tanto em promover a marcha-a-ré da humanidade para os tempos primitivos de algum cenário religioso.
Já o "espiritismo" decepciona pelo fato de que, autoproclamado "vanguarda dos movimentos espiritualistas", desejar retroceder a humanidade para os parâmetros fundamentais do Império Romano / Bizantino de 1.500 anos atrás.
E o que o Estado Islâmico traz de recado, se verificarmos algum sentido na suposta "profecia" de Francisco Cândido Xavier, que "alertava" que o Hemisfério Norte corria o risco de se tornar uma região "inabitável", devido às guerras e catástrofes?
A princípio, o Hemisfério Norte, segundo essa interpretação, seria abalado pelo terrorismo do fanatismo islâmico em seus vários grupos, que paulatinamente destruiriam patrimônios culturais que viriam dos mais antigos aos mais contemporâneos, como forma de destruir a chamada "civilização" que afastou o "futuro" que os extremistas acreditam estarem destinados.
Mas uma coisa deve ser observada, afinal tanto a "profecia" de Chico Xavier quanto as ações do Estado Islâmico, guardadas todas as suas profundas diferenças em todos os aspectos, se referem ao extermínio de um mundo moderno, "amaldiçoado" por conta de seu progresso milenar.
Se os jihadistas sonham em desenvolver uma teocracia árabe, através da destruição do mundo moderno, do qual poderiam afetar também o Hemisfério Sul, se forem adiante, os "espíritas" sonham em recuperar a teocracia romana-bizantina, sediada no Brasil e com adaptações de contexto (heresias são aceitas pelos "espíritas" devido à influência dos cristãos-novos, os hereges convertidos pelo batismo católico).
Daí um grande problema para a "profecia" de Chico Xavier, porque o avanço jihadista pode, em primeiro momento, "realizar" o suposto alerta do sonho que o anti-médium teve em 1969, motivado pela viagem de astronautas estadunidenses à Lua, através das ações terroristas e da destruição do mundo moderno, "coroada" este ano com o atentado à sede do periódico francês Charlie Hebdo.
Mas, num outro momento, a ação jihadista pode afetar também o Hemisfério Sul, que de maneira contraditória é considerado "protegido" ou "vulnerável" conforme as partes do discurso dado por Chico Xavier no relato "profético" de seu sonho de 46 anos atrás.
Isso porque ele, em algumas vezes, disse que o Hemisfério Sul estaria a salvo das violentas catástrofes, mesmo um Chile cheio de vulcões e vulnerável a sérios terremotos, mas em outras ele diz que "certas áreas" serão afetadas sim, como o litoral brasileiro. Em algumas vezes, disse que o Brasil seria próspero em solidariedade, em outras disse que o país seria "invadido" de maneira conflituosa.
As falhas geológicas e sociológicas da "análise" chiquista já invalidam a "profecia" em si. E a relação que as ações do Estado Islâmico podem ter com a destruição do Hemisfério Norte revelam detalhes duvidosos, até pela natureza diferente do grupo terrorista.
Quanto à Terceira Guerra Mundial, pode ser que o Estado Islâmico impulsione, neste sentido, a reação dos países desenvolvidos, mas nada será como era dada a narrativa que Chico Xavier trouxe para Geraldo Lemos Neto. Será algo diferente e muito mais complexo.
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