sábado, 9 de janeiro de 2016

"Centros espíritas" não estudam vida espiritual e falam mais em Família


Os "centros espíritas" existentes no Brasil nunca se dedicam de forma adequada ao legado deixado por Allan Kardec. Muito pelo contrário, são instituições que preferem se manter na difusão de valores deturpados lançados a partir da Federação "Espírita" Brasileira, que controla quase todos esses locais.

Experimente qualquer um verificar o programa de palestras desses centros. Verá que as palestras são quase sempre de assuntos familiares; "Honrai vosso pai e vossa mãe", "Velhos e jovens", "Família e moral", "A missão da família", "Como resolver brigas familiares" e tantos e tantos similares.

A impressão que se tem é que os "centros" não praticam Espiritismo, mas Familiarismo, e a ênfase nas relações familiares, embora seja vista como "natural" pelos "espíritas", mostra uma série de equívocos e exageros.

Primeiro, por se tratar a instituição Família de uma organização material e provisória. As relações pessoais entre os envolvidos podem até ir além dos limites da encarnação, e realmente vão, mas a perspectiva "espírita" se concentra apenas nos contextos materiais, sobretudo levando em conta relações de hierarquia etc.

Segundo, pelo fato de que se trata de uma relação apenas complementar na experiência espiritual, o que significa que a ênfase é desnecessária, até pelo fato de que um dia as pessoas deixarão a casa dos pais e se dedicarão a outras relações sociais.

Em muitos casos, a abordagem da Família pelos "espíritas" segue o mesmo receituário católico, estabelecendo uma relação entre aspectos moralistas, hierárquicos e as relações materiais que dão a impressão de que pais serão sempre pais e filhos serão sempre filhos. É como se levasse o critério biológico como se fosse algo inerente à natureza do espírito, o que é um erro.

Enquanto isso, o assunto da vida espiritual não é estudado. Quando o é, sempre é da forma mistificada e deturpada trazida pelos livros de Francisco Cândido Xavier. Através de livros diversos como Nosso Lar e Há Dois Mil Anos, Chico Xavier estabelece visões de encarnações do espírito completamente pedantes, especulativas e totalmente fora da realidade.

E é assim que os "centros espíritas" se tornam inúteis no seu conteúdo de palestras, e mostra o preço que as pessoas têm que pagar diante de exposições aparentemente gratuitas, mas que trazem o prejuízo de sermos muito mal doutrinados através da transmissão de valores deturpados e visões irreais da natureza espírita.

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