segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
"Espíritas" brasileiros acendem velas para forças antagônicas
Os "espíritas" insistem em contradições. Se contradizem o tempo todo, achando que dizer uma coisa e fazer outra é "ter equilíbrio". Como se hesitação fosse sinônimo de moderação, como se a incoerência pudesse ser o remédio certo contra supostos radicalismos.
Os líderes "espíritas", com sua habitual mania de serem os mercadores da "boa palavra", sempre dando a impressão de quererem passar "coisas boas", sempre se contradizem, como se estivessem acendendo velas a duas forças antagônicas: o Espiritismo original e a sua forma deturpada que conhecemos no Brasil.
É muito fácil que um escritor ou palestrante do "movimento espírita" venha com textos contraditórios aqui e ali, achando que não existem critérios para transmitir mensagens de "amor e bondade". Medem o teor de cada mensagem pelo sabor de mel que produz, e se satisfazem em confundir as pessoas aqui e ali, desde que o que ele transmitiu para leitores e ouvintes seja "em prol da ação do bem".
As doses diabéticas de açúcar que estão nestas mensagens "elevadas" de "amor e paz", em verdade, carregam o teor nada nutritivo da pieguice que conforta e acomoda, que tranquiliza e alegra, mas que nada traz de útil nem de proveitoso e, muito menos, de honesto e transparente.
De um lado os palestrantes e articulistas "espíritas" devotam "completa e rigorosa fidelidade" ao pensamento de Allan Kardec. Estufam seus peitos e se orgulham em dizer ou fazer-nos crer de que sempre tiveram fidelidade ao pensamento e às recomendações do professor lionês.
De outro lado, os mesmos palestrantes e articulistas se felicitam em publicar frases de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel, André Luiz, ou de Divaldo Franco e seus consortes, gente que comprovadamente difunde ideias contrárias ao pensamento de Allan Kardec, queiram ou não queiram os "espíritas" brasileiros.
Pior é que esses palestrantes e articulistas não desistem. Eles são dotados da vaidade dissimulada pela roupagem "humilde" e "bondosa" que a capa da religião reveste com verossimilhança perfeita, em que o faz-de-conta do bom-mocismo "espírita" chega a parecer acima de qualquer suspeita, o que surpreende como a roupagem de "bondade" pode intimidar as pessoas.
Com essa vaidade dissimulada, eles acreditam que possuem a consciência tranquila. Eles acham que não cometem qualquer contradição, porque tudo o que escrevem é "puro amor e bondade". Se acham no direito de se julgar que estão "de acordo com Kardec" só porque são "bonzinhos".
Daí que eles se acham no direito de evocar Erasto, citar o Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos e tudo, mas só os usam de maneira tendenciosa, Ninguém percebe o quanto os palestrantes e articulistas do "movimento espírita" só selecionam o que acham "interessante" dos textos de Allan Kardec e os usam em causa própria.
Isso se torna traiçoeiro e o leitor não percebe o quanto as palavras melífluas escondem tantas mentiras. Há mistificações, fantasias, atentados à lógica e à coerência, e tudo isso é disfarçado por uma roupagem "benevolente", de frases bonitas, palavras boazinhas e recados alegrinhos.
Quanto são criticados, os "dóceis" palestrantes e articulistas reagem com "muita tristeza", diante de "lamentáveis reações" contra suas obras em "prol do bem". Eles cometem atrocidades em relação às lições arduamente desenvolvidas por Kardec e ainda se passam por vítimas, quando são duramente criticados.
Isso cria um ciclo vicioso. Os "espíritas" deturpam as lições de Allan Kardec e dissimulam tudo com toda uma roupagem de "amor e bondade" em mensagens supostamente "positivas". Quando são criticados, fazem sua choradeira e acham que estão sendo injustiçados. E ainda julgam estar com a consciência tranquila pelo que fazem. Assim fica muito complicado, se não contestá-los de vez.
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