quarta-feira, 1 de abril de 2015

"Espiritismo" brasileiro falhou em seus propósitos

PIEGUICE DOS SEGUIDORES DE CHICO XAVIER FAZ COM QUE MONTAGENS COMO ESTA SEJAM FEITAS PARA DIVINIZAR O ANTI-MÉDIUM.

O "espiritismo" brasileiro falhou em seus propósitos. Em 131 anos de existência, ele quase nada contribuiu para o progresso da humanidade e muito agiu em contrário, prejudicando várias pessoas e realizando fraudes que, por si mesmas, causaram escândalos e outras aberrações.

Através de seu astro maior, Chico Xavier, o "espiritismo" brasileiro cometeu erros graves e em diversos aspectos, ao se reduzir a um arremedo mais flexível do Catolicismo medieval e a acobertar todo o desconhecimento sobre os conhecimentos do âmbito espiritual trazidos por Allan Kardec.

Dois maiores erros, gravíssimos mas aceitos com a mais cômoda condescendência por uma sociedade marcada pela impunidade, marcaram toda a trajetória do "movimento espírita" e influem na sua completa falência como pretensa vanguarda doutrinária no país.

O primeiro erro é a desonestidade em assumir a sua completa ignorância em torno dos conhecimentos trazidos por Allan Kardec, como o contato com os espíritos e a vida após a morte, ignorância que, na medida em que não é assumida, permitiu que se criassem visões fantasiosas e especulativas sobre tais temas, sonegando a pesquisa e o estudo cuidadosos.

Esse erro é a raiz de uma série de delitos graves, principalmente no que se diz à falsidade ideológica, criando, nos supostos médiuns, uma apropriação indevida às identidades dos espíritos falecidos, transformando os "espíritas" desprovidos de práticas mediúnicas sérias - em muitos casos, seus dons são precários, inclusive os de Chico Xavier - em "donos dos mortos".

Isso cria muitos problemas, sobretudo jurídicos, e qualquer exame cuidadoso dos textos supostamente atribuídos aos mortos sempre apresentam alguma contradição que derruba qualquer tese de veracidade, por mais que apareçam semelhanças "sutis" entre as mensagens "do além" e o que os mortos representaram ou fizeram quando estavam vivos na Terra.

A desonestidade é tanta que os "espíritas", tomados da vaidade favorecida pelo aparato de filantropia que os cerca, sempre empurram com a barriga qualquer denúncia de irregularidade, desqualificando mesmo a mais correta contestação de seus métodos. Acusam, com "serena" arrogância, tais questionamentos como "paixões terrenas" ou "julgamentos materialistas".

Por sorte, os juízes e acadêmicos num Brasil ainda fortemente religioso, não costumam confrontar com as irregularidades cometidas sob o manto da fé e, por isso, os "espíritas" podem cometer todo tipo de fraude que ninguém será reconhecido como charlatão, adjetivo visto como "pesado" e "preconceituoso". Sob o mistério da fé, vale tudo.

O segundo erro é em função do primeiro. Com o desconhecimento das pesquisas e critérios de Allan Kardec, e para crirar um pretexto "positivo" para suas fraudes, o "espiritismo" brasileiro se perde em pregações moralistas e num religiosismo rigoroso em que temas morais abstratos, sobretudo ligados à família, predominam em suas análises, desviando, para bem longe, do foco originalmente kardeciano.

Todo um aparato de "bondade", de "filantropia" e "boas energias" é feito só para camuflar o desconhecimento das ideias de Allan Kardec, que, quando muito, são só vagamente lidas e apressadamente assimiladas, de forma que seus leitores ficassem, em vez de esclarecidos, ainda mais confusos pela ignorância convertida em pedantismo.

Pessoas pedindo "fraternidade", realizando todo um desfile de "conselhos morais", "belas palavras" e todo um discurso piegas e moralista que não apenas se torna uma perda de tempo nas atividades "espíritas", por significar mais um religiosismo que já se conhece na Igreja Católica e, à sua maneira, nas crenças protestantes, como também é uma forma de proteger e ocultar sua desonestidade.

Sim, porque o "espiritismo" brasileiro não é uma junção de Filosofia, Ciência e Moral, mas tão somente um conjunto de Corrupção, Conservadorismo e Pretensiosismo, e o que se observa é tão somente o pretexto religioso que acoberta suas fraudes, praticadas à luz (isto é, à treva) da ignorância e da incompetência em estudar os fenômenos espíritas com rigorosa seriedade.

Por isso, o "espiritismo" brasileiro está em falência. "Centros espíritas" perdem frequentadores a cada ano e vários deles fecham suas portas. A FEB tenta apostar no sensacionalismo para salvar o "espiritismo" que inventou à revelia das ideias de Kardec. "Espíritas" se desesperam, vários com profundo ódio, contra o questionamento de seus dogmas e ritos.

Muitos dos erros gravíssimos ocorridos no "espiritismo" tiveram o apoio convicto de Chico Xavier e Divaldo Franco, seus astros maiores, que com muita esperteza, capaz de forjar arremedos de humildade e serenidade, dissimularam suas fraudes e mistificações para criar um simulacro de "superioridade espiritual" que ainda deslumbra miltidões, mas não como antes.

Eles perderam tempo com moralismo religioso e com o aparato de "amor e caridade" para esconder suas práticas fraudulentas, sua ignorância diante da Ciência Espírita, suas invencionices pedantes e sua desonestidade doutrinária, reduzindo o "Espiritismo" a uma religião até pior do que a Igreja Universal do Reino de Deus.

O "espiritismo" brasileiro perdeu toda a oportunidade de estar na vanguarda das doutrinas espiritualistas e, querendo agradar o Catolicismo de moldes medievais, de um lado, e querendo mascarar seu desconhecimento total da Ciência Espírita, caiu na pior retaguarda das religiões.

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