segunda-feira, 6 de abril de 2015

FEB ainda não apresentou o "Emmanuel reencarnado"


Quem será o novo "mensageiro" do "movimento espírita" brasileiro? Não se sabe. Correndo atrás do próprio rabo, o "espiritismo" brasileiro tenta apenas reciclar velhos dogmas e de alimentar de velhos totens, sobretudo Francisco Cândido Xavier, postumamente envolvido em tentativas de promovê-lo como personalidade científica e geopolítica.

Há nos meios "espíritas" a crença de que o "mentor" de Chico Xavier, o jesuíta Emmanuel, teria reencarnado em março de 2000 no interior paulista. Seria hoje um rapaz de 15 anos de idade, que, segundo acreditam os "espíritas", estaria envolvido em Educação.

A informação é bastante misteriosa, mas o mito do Emmanuel "reencarnado" é compartilhado por seus seguidores, que esperam no adolescente o novo mensageiro a salvaguardar a sua doutrina e a fazer cumprir as supostas previsões de Chico Xavier para o Brasil.

Ele seria ao mesmo tempo um militante "espírita" e um pedagogo, fazendo uma analogia tendenciosa a Allan Kardec, educador cruelmente desprezado pelos "espíritas", mas eventualmente bajulado quando as conveniências permitem.

Através dessa "missão", o "Emmanuel reencarnado" se tornaria uma celebridade nacional e uma personalidade "comprometida" com o desenvolvimento social e moral do país, realizando o que os "espíritas" entendem como condições para o progresso social, moral, científico e cultural que faria o Brasil virar a "nação mais poderosa do mundo".

Fora dessa abordagem um tanto estreita e igrejista, o que se observa é que o "mensageiro da paz" a ser representado por esse adolescente não seria mais do que um pregador místico-religioso a tentar salvar o "espiritismo" da crise consequente de seus próprios erros.

O grande problema é que até agora a Federação "Espírita" Brasileira ainda não apresentou esse menino, o "jovem prodígio" que poderia alimentar seu sensacionalismo religioso. Falta de treinamento? Ou excesso de cautela?

O "espiritismo" anda bastante velho, embora se sirva de estrategistas habilidosos como Luís Hu Hivas, ilustrador que "simplifica" o "espiritismo da FEB" com livros "para iniciantes" e parcerias com desenhistas, e Geraldo Lemos Neto, que tenta inserir Chico Xavier no clube dos cientistas.

Mas isso é de praxe. O "espiritismo" é uma religião velha, com um forte cheiro de mofo. Ela se baseou no Catolicismo medieval para construir suas bases, embora a religião brasileira se autoproclame a "vanguarda das crenças espiritualistas".

Daí que, até para anunciar o Brasil como o suposto "coração da Terra", apela para o mesmo sentimentalismo religioso das velhas missas católicas. Sob esta influência, provavelmente, aparecerá o "Emmanuel reencarnado" prometido pela FEB. Mas até agora se está esperando por essa manobra da parte da federação.

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