sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O que diz, em tese, a "profecia" de Chico Xavier?


Era uma vez um país sul-americano de clima considerado agradável mas ainda longe de seu desenvolvimento social e econômico e que é anunciado como futura nação mais próspera do planeta, através das bênçãos do Cruzeiro do Sul e da proteção do "anjo" Ismael.

Como num conto de fadas, o Brasil é anunciado, pelo "movimento espírita" brasileiro, o tão prometido "coração do mundo" a comandar a comunidade das nações. É um devaneio antigo que Chico Xavier difundiu desde o começo da década de 1930 e que culminou no seu referido sonho dormido após as notícias da chegada de astronautas estadunidenses à Lua, em 1969.

Nesta postagem vamos considerar que os sonhos de Chico Xavier, desses que, na verdade, qualquer pessoa sonha, como "profecias" e fingir que reconhecemos o valor dos investimentos do documentário Data-Limite Segundo Chico Xavier, que colheu verbas de patrocinadores, da Ancine e o patrocínio da FEB.

Então, o que diz a "maravilhosa profecia" de Chico Xavier, que envolverá o Brasil e o mundo a partir de 2019? Que "coisas maravilhosas" se supõe estariam destinadas à humanidade planetária a partir da ascensão do Brasil como "nação mais poderosa do planeta"?

A "profecia" diz que a chegada dos astronautas norte-americanos ao solo lunar, em 1969, trouxe o risco de uma competição espacial dos países da chamada Guerra Fria, os capitalistas EUA e a comunista União Soviética (URSS), o que poderia levar a uma Terceira Guerra Mundial.

A "reunião" que teria envolvido Jesus Cristo (o caricato Jesus do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho), o "anjo" Ismael, Emmanuel, os demais "espíritos puros" e Chico Xavier, negociava os meios de, num prazo de cinquenta anos, evitar consequências drásticas para a humanidade planetária.

A Guerra Fria acabou, mas a polarização se mudou para um Oriente Médio "fundamentalista" e Ocidente "cristão", já que mesmo os confrontos no Oriente Médio são de certa forma herança do antigo conflito estadunidense-soviético. Israel, por exemplo, é considerado Estado "cliente" dos EUA, assim como a Jordânia. A Arábia Saudita teria sido ligada à antiga URSS.

46 anos se passaram. Estamos a quatro anos de 2019, e 2015 já começou mal, com o massacre aos redatores do humorístico francês Charlie Hebdo (equivalente ao Pasquim que já circulou por nossas bancas durante anos e surgiu no mesmo 1969 do sonho de Xavier), no momento em que faziam uma reunião de pauta.

Isso aparentemente "comprova" os desdobramentos do sonho xavieriano. Segundo esse sonho, o "velho mundo", composto pelos EUA, Europa, Ásia e o Oriente Médio, assim como a Oceania, seriam "destruídos" por catástrofes naturais ou por ações terroristas.

Com isso, haveria um êxodo das populações diante da catástrofe e do terror para o Brasil, que se transformaria na nação-síntese dos povos do mundo inteiro e se ascenderia com as muitas transformações a serem realizadas em seu território.

De acordo com essa tese, o Brasil viveria um período próspero de progresso científico, cultural, social e haveria um surto de grande desenvolvimento no solo brasileiro, transformando o país sul-americano na mais próspera nação de um planeta em frangalhos.

Difícil é explicar como se dará essa evolução, se o Brasil sucumbe à mais extrema mediocrização sócio-cultural que faz com que haja vários casos de aberrações no âmbito da Educação, da mídia, da música brasileira e outros aspectos.

O sonho de Xavier parece bom demais para ser prenúncio da realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.