quinta-feira, 30 de março de 2017

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço


O texto a seguir divulgado por Divaldo Franco, mostra o quanto a "espiritismo" recomenda aos outros aquilo que não pratica. De que adianta reprovar a mentira se a doutrina brasileira é deturpada e se move pela desonestidade doutrinária?

A doutrina original de Allan Kardec revela que sua forma deturpada feita no Brasil, em que pese o aparato de "mensagens positivas" e "ações amorosas", apresenta conceitos mistificadores, valores conservadores e falta de sinceridade.

Afinal, os "espíritas" se dizem tão fiéis aos postulados kardecianos e os traem o tempo inteiro, e ainda vão reprovar a mentira dos outros? É como ver o argueiro no olho do outro e ignorar a trave do próprio olho. Os "espíritas" preferem ignorar as traves de seus próprios olhos, presos na cegueira igrejista herdada do Catolicismo do Brasil-colônia.

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A Mentira (Mensagem instrutiva)

Por Divaldo Franco - Livro Luz e Esperança - Atribuído ao espírito Joana de Angelis

AFIRMA O REFRÃO POPULAR, com sabedoria, que "a mentira tem pernas curtas", sendo facilmente alcançada pela verdade.
Todavia, enquanto se movimenta, gera insegurança e alastra a perturbação, produzindo desequilíbrio e desconfiança.
A mentira resulta da imaturidade moral do homem e desenvolve-se com os resíduos das paixões inferiores.
Miasma pernicioso, contamina as criaturas inadvertidas, às vezes logrando afligir temperamentos mais reservados, conforme os termos com que vai elaborada e as circunstâncias em que se apresenta.
Torna-se uma nuvem que, momentaneamente, tolda os contornos da paisagem, facultando que se manifestem males sem conta.
Irmã da calúnia, faz-se o primeiro passo para a degradação do comportamento humano.
É, todavia, mais prejudicial para aquele que a utiliza, porquanto termina enfermá-lo, desarticulando-lhe a visão correta dos acontecimentos e das coisas.
Acostumando-se a uma observação negativa ou exagerada, o mentiroso avança no rumo da alienação, pois que sempre se lhe impõem novas ginásticas mentais, a fim de acobertar os deslizes anteriores que se permitiu.
É a memória o órgão que primeiro o denuncia.
Facilmente engendrando estória que disfarça com a vestimenta da verdade, o narrador esquece dos detalhes apresentados, quase que de mediato, enquanto que os registram aqueles que os ouvem.
A princípio, a mentira faz-se escutada, e o seu protagonista pode até gozar de credibilidade; no entanto, os fatos, em si mesmos, se encarregam de pôr cobro ao delito.
Vezes há em que circunstâncias inesperadas elucidam a questão, derruindo o edifício sem alicerce que a mentira levantou, sem que ninguém as haja provocado.
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Nunca te apoies em falsas argumentações, nem jamais te apresentes envolto nas teias constritoras que a mentira tece.
Quem mente permanece receoso, inseguro.
A desconfiança que decorre da consciência do erro, fá-lo inquieto e sempre na defensiva.
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Sê aberto à verdade e age com inteireza moral. 
Melhor que sejas incompreendido com a verdade do que mimado pelos artifícios da mentira. 
Tu és o que pensas e não o que verbalizas.
Tua vida refletirá o que constróis de dentro para fora.
Assim não te permitas as chamadas "mentiras brancas", consideradas necessárias, de modo a não te acostumares com elas, terminado por mentir por hábito.
Não é necessário que sejas rude, nem que te exibas como verdadeiro. 
Basta que sejas honesto com o bem e amigo da verdade.
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Jesus foi muito preciso, quando enunciou: "Seja o teu falar: sim, sim; não, não."
Acostuma-te a ser fiel à verdade e ela estará à tua frente, abrindo-te os caminhos por onde palmilharás, sem que receies ser por ela seguido, corrigindo as tuas informações e dando a dimensão do teu comportamento, como sucede ao mentiroso.

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