quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Como a ajuda de Juscelino Kubitschek à FEB e Chico Xavier trouxe azar em níveis devastadores


O caso Juscelino Kubitschek revela o quanto o "espiritismo" brasileiro é uma religião traiçoeira, inimiga da caridade e do bom senso, transmitindo mau agouro justamente àqueles que recorrem à sua ajuda. É a religião que traz a maldição de, muitas vezes, fazer seus beneficiários verem seus melhores filhos morrerem na flor da idade.

Antes que as pessoas, chocadas, digam que isso é um desaforo, é bom deixar claro que o "espiritisimo" brasileiro, pela natureza deturpatória que sempre representou em relação ao legado de Allan Kardec, sempre atraiu a influência de espíritos malignos, sobretudo aqueles que já eram ligados a jesuítas de atuação perversa que escravizavam índios e negros e demonstravam graves preconceitos sociais no período colonial.

O "espiritismo" brasileiro personifica muito bem aquilo que o espírito Erasto, em suas comunicações por médiuns a serviço de Allan Kardec, alertou e tentou prevenir. Hoje o "espiritismo" brasileiro se encaixa perfeitamente nas caraterísticas dos "inimigos internos da Doutrina Espírita" alertados na época do Codificador, e essa constatação é chocante e até irrita muitos, mas é realista e pode ser facilmente comprovada, sobretudo lendo os próprios livros de Allan Kardec.

Se perceber bem, os "festejados" Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, pelo conjunto de todas as suas obras, são os maiores inimigos internos da Doutrina Espírita. É chocante, mas realista: as ideias que eles difundem entram em choque violento com os postulados de Kardec, de maneira explícita e aberrante.

E se alguém avisar que Chico Xavier e Divaldo Franco "pelo menos primaram pela bondade", até Erasto nos preveniu disso. O relato é exato e contundente:

"Os médiuns levianos, pouco sérios, chamam, pois, os Espíritos da mesma natureza. É por isso que as suas comunicações se caracterizam pela banalidade,a frivolidade, as idéias truncadas e quase sempre muito heterodoxas, falando-se espiritualmente. Certamente eles podem dizer e dizem às vezes boas coisas, mas é precisamente nesse caso que é preciso submetê-las a um exame severo e escrupuloso. Porque, no meio das boas coisas, certos Espíritos hipócritas insinuam com habilidade e calculada perfídia fatos imaginados, asserções mentirosas, como fim de enganar os ouvintes de boa fé".

"Colônias espirituais" inventadas como um suposto troféu para as desgraças humanas serem perpetuadas na Terra. "Crianças-índigo" que soam ao mesmo tempo como discriminação à individualidade humana, vista como aberração, e como um falso messianismo de apelo igrejeiro. Fantasias religiosas trazidas por relatos de um moralismo retrógrado que remete à medieval Teologia do Sofrimento católica. Tudo isso derruba Chico e Divaldo, não há "bondade" que os sustente.

E aí chegamos ao caso de Juscelino Kubitschek, um presidente que nem era considerado "subversivo", tendo sido um político de um partido conservador, o antigo PSD, defensor de ideias capitalistas e no entanto simpatizante de reformas sociais que ele buscou inserir de maneira bem moderada.

Ele era um médico, e era generoso e gentil com o povo, era um político simpático cujo sorriso foi uma marca pessoal que fez história, e realizou a corajosa façanha de transferir a capital do Brasil para o centro de seu território, medida considerada correta em termos de estratégia geopolítica.

Kubitschek foi amigo de Chico Xavier e, por sua generosidade, o então presidente da República deu à Federação "Espírita" Brasileira, em 1960, o status de instituição de utilidade pública, uma demonstração de consideração e generosidade por parte do chefe político. E o que Juscelino recebeu em troca? Azar, muito azar, que se espalhou como um vírus para vários de seus relacionados.

A lista é enorme de pessoas que, com alguma relação direta ou indireta com Juscelino, sofreram tragédias terríveis, o que nos faz pensar de como o "espiritismo" brasileiro, pelo seu histórico de deturpação e fraudes, pode gerar más energias. O próprio Kardec advertiu: "uma má árvore não pode trazer bons frutos".

Embora as tragédias pareçam coisas de iniciativas individuais, nota-se que houve condições psicológicas que as más energias trouxeram, e que vitimaram os personagens que mostraremos a seguir, o que condiz com o mau agouro que o "espiritismo" brasileiro, movido pela desonestidade doutrinária, trouxe a partir da homenagem de Juscelino à FEB e a Chico Xavier.

Vamos à lista:

JUSCELINO KUBITSCHEK - Ele passou a sofrer infortúnios pessoais sérios. Não conseguiu a chance de se reeleger presidente da República, com a ditadura militar prolongando indefinidamente seu prazo, em 1965. Antes, havia sido um dos primeiros políticos cassados pelo golpe militar. em 1964. Tentou um movimento de redemocratização, a Frente Ampla, ceifado pelos generais logo quando começava a ganhar adesão popular. Não se elegeu na Academia Brasileira de Letras (hoje capaz de eleger uma nulidade como Merval Pereira) e ainda morreu num suspeito desastre automobilístico, em 1976.

MÁRCIA KUBITSCHEK - A única filha biológica de Juscelino - Márcia teve uma irmã adotiva, Maristela - , ela morreu aos 56 anos perdendo a batalha de um câncer. Márcia havia sido considerada, nos tempos de seu pai como presidente da República, um ícone de beleza e charme e era também uma pessoa culta e engajada.

JOÃO GOULART - Vice de Juscelino, Jango depois tornou-se presidente e símbolo, depois de seu padrinho político Getúlio Vargas, de um projeto político progressista voltado para as causas sociais. Foi expulso do poder em 1964. Nunca mais voltou à vida política e viveu no exílio. Morreu aos 57 anos, aparentemente quando fazia um exame cardiológico de rotina.

CARLOS LACERDA - Antigo rival de Juscelino Kubitschek e depois seu parceiro na Frente Ampla, o jornalista e ex-governador da Guanabara (Estado que existiu com um município único, o Rio de Janeiro), também teria falecido depois de um exame de rotina, aos 77 anos.

EDNA LOTT - Filha do general Henrique Teixeira Lott, militar que criou um contragolpe para garantir a posse de Juscelino e que foi escolhido para sucedê-lo, mas não venceu as eleições ("boas energias" da FEB?), foi assassinada em 1971 por um corretor de imóveis e filho de militar, Eduardo Fernandes da Silva, durante uma aparente discussão numa festa familiar.

TANCREDO NEVES - Ex-ministro de Getúlio Vargas, estando presente no Palácio do Catete (antiga sede da República), quando o presidente se recolheu numa sala para se matar, foi primeiro-ministro durante a fase parlamentarista do governo João Goulart. Símbolo das campanhas Diretas Já, apesar de ter sido escolhido por via indireta, ele não conseguiu sobreviver a uma doença, grave mas aparentemente recuperável, morrendo antes de poder assumir a Presidência da República, em 1985.

JOSÉ WILKER - O ator que interpretou Juscelino Kubitschek numa minissérie da Rede Globo, e que era ateu e de visão progressista, parecia ter muita vida pela frente, mas morreu num infarto fulminante dias depois de ter feito consulta num "centro espírita". Embora tenha se revelado um tabagista, Wilker não apresentava indícios de que morreria de repente, tendo inclusive uma série de projetos teatrais em andamento.

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