quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

"Protegido" por "centro espírita", bairro carioca de Bento Ribeiro vive onda de violência

FACHADA DO "CENTRO ESPÍRITA" LEON DENIS, EM BENTO RIBEIRO, ZONA NORTE DO RIO DE JANEIRO.

Supostamente protegido por um grande "centro espírita", o Leon Denis, o bairro de Bento Ribeiro vive uma onda de violência que forçou moradores a fechar uma rua, a Domingos dos Santos, esquina com Praça Manágua, com os moradores solicitando autorização à Prefeitura do Rio de Janeiro.

Segundo reportagem do jornal Extra, houve até caso de um casal ter sido rendido por assaltantes em plena luz do dia, durante a tarde, que levaram o carro e objetos pessoais. Desde 2010, uma onda de roubos aconteceu no bairro, sendo, só no caso de veículos, 654 casos, e de celulares, 316. Somente em 2017, ocorreram 1.091 assaltos a pedestres e 26 roubos de celulares.

Embora a Rua Domingos dos Santos se situasse distante do Leon Denis e do lado oposto da linha férrea - o "centro espírita" se situa no entorno da Rua João Vicente, a rua fechada pelos moradores se situa no lado dos quarteirões junto à Rua Carolina Machado.

Mesmo assim, isso não deixa de indicar as energias pesadas que "centros espíritas" provocam, pois elas têm um longo alcance. Como no caso do "centro espírita" Paulo e Estêvão, em Salvador, situado em uma área perigosa entre Amaralina e Pituba, mas aos pés do trio de bairros mais perigoso da região, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz e Vale das Pedrinhas.

Recebemos queixas de pessoas que tiveram tratamento espiritual no "centro espírita" Leon Denis e só contraíram mau agouro. Pessoas que vêm de regiões distantes para resolver problemas em terapias espirituais, cumpridas à risca, mas que, em vez de obterem a solução, contraem desgraças.

Há relatos de pessoas que passaram a ser vítimas de bullying e serem visadas por um algoz visivelmente "alterado". Há outras pessoas que, "beneficiadas" pelo tratamento, passaram a ser assaltadas até fora dos horários de riscos.

Isso acontece porque o "espiritismo" brasileiro é uma religião infectada por sua própria natureza. Diferente dos evangélicos neopentecostais, que, pelo menos, são assumidamente retrógrados e exercem honestidade doutrinária nos seus valores obscurantistas, o "espiritismo" vive da dissimulação e da desonestidade doutrinária.

Igrejeiro, à maneira do que foi o Catolicismo jesuíta que predominou no Brasil colonial, e formando suas bases na obra Os Quatro Evangelhos, de Jean-Baptiste Roustaing, o "espiritismo" brasileiro tenta dar a impressão contrária, de suposta fidelidade aos postulados originais de Allan Kardec. Pior: o "espiritismo" brasileiro se reduziu a uma dissidência de católicos medievais que apenas absorveram alguns aspectos hereges da Idade Média, como o esoterismo e a homeopatia.

RUA DOMINGOS DOS SANTOS, TORNADA FECHADA POR CAUSA DA VIOLÊNCIA EM BENTO RIBEIRO.

Isso envolve uma série de equívocos cometidos que, acumulados, reduziram o "espiritismo" a uma religião que transmite energias negativas, em princípio por acidente. A desonestidade doutrinária atrai espíritos traiçoeiros e brincalhões, principalmente através de pretensas mediunidades que, com a típica falta de concentração dos brasileiros, sempre "dão branco", o que faz com que os "médiuns" simplesmente inventem mensagens da própria mente e atribuem a autoria aos mortos.

O próprio Francisco Cândido Xavier abriu precedentes. Exames e pesquisas sérios, mesmo de caráter empírico e informal, revelavam problemas nas mensagens "psicografadas", como as caligrafias que destoavam dos estilos pessoais dos mortos e até as assinaturas tinham o estilo caligráfico de Chico Xavier.

Até Chico Xavier tinha falta de concentração e ele nunca foi um espírita autêntico, mas um católico de crenças ortodoxas, um conservador quase ao nível de um Olavo de Carvalho. Mas aí o "jeitinho brasileiro" fez com que a falsa mediunidade pudesse ser tida como "autêntica": caprichar nas informações colhidas de fontes bibliográficas (reportagens ou biografias), acervos pessoais e "leitura fria" (recurso de colher informações, por dados e gestos, de familiares de um morto) e jogar uma mensagem religiosa para desencorajar suspeitas.

Isso tudo criou uma série de energias confusas e negativas que conduzem o "espiritismo" brasileiro e estimulam toda uma série de jogos de interesses e outras tramas, envolvendo até gente considerada "insuspeita" dentro do meio.

É por isso que, por mais que os "espíritas" não admitam, os "centros espíritas", embora, em tese, se instalem em áreas decadentes ou perigosas para "trazer socorro e amor", não só falham neste propósito como acabam piorando as energias desses ambientes, que se tornam redutos do crime, da traição e de outros infortúnios pesados que atingem, sobretudo, aqueles que recorrem a esses "centros" em busca de solução para suas vidas.

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