domingo, 25 de setembro de 2016
Preocupante crescimento do número de fumantes no Grande Rio
Tendo superado, vergonhosamente, a Grande São Paulo, no quesito de região metropolitana mais poluída do Brasil, o Grande Rio de Janeiro vive a situação preocupante do crescimento do número de fumantes, como se observa nas ruas de suas cidades, não somente o Rio de Janeiro, mas outros municípios como Niterói, Nova Iguaçu e São Gonçalo.
Que o Rio de Janeiro tornou-se um Estado de gente conformista que parece permitir o surgimento de estereótipos preconceituosos que definem o carioca como "grosseiro", "que aceita tudo de bandeja", "conformista", "anti-higiênico" e "portador da Síndrome de Riley-Day" (doença que faz a pessoa ser incapaz de sentir dor, o que dá um trocadilho como "Riley-Day Janeiro"), isso é evidente.
Mas a coisa é tão grave que o Rio de Janeiro virou um espetáculo trágico de inúmeros retrocessos sociais. Esses retrocessos praticamente invalidam a região metropolitana do Grande Rio como um modelo a ser seguido pelo resto do país, e fazem com que o eixo Rio-São Paulo cada vez mais percam o mérito de serem referenciais para a vida dos brasileiros nas demais regiões.
Cidades como Porto Alegre, São Paulo e Curitiba também mostram um alto número de fumantes, mas o Grande Rio parece competir com isso. Cigarros vendidos a preços baixos, enquanto alimentos diversos têm preços reajustados de maneira aberrante, como os laticínios.
Nota-se a arrogância com que várias pessoas andam pelas cidades com cigarros na mão ou dando tragadas que depois soltam um vapor tóxico que prejudica as demais pessoas em volta. Há muitos jovens, infelizmente, que vão na onda, mesmo quando hoje são proibidos comerciais de cigarros que os associem a qualidades positivas da vida em sociedade.
Isso é terrível, sobretudo se observarmos o narcisismo de muitos cariocas privilegiados, mesmo não sendo de altas elites econômicas, e que acham que fumar cigarro é expressão de prazer e afirmação individual.
Mal sabem eles que um único cigarro contém substâncias tóxicas de arrepiar qualquer um, como elementos químicos presentes em venenos de rato e nas fumaças expelidas pelos veículos sobre rodas. Acabam usando a vaidade de forma autodestrutiva.
O consumo constante de cigarro comum, considerado uma droga lícita, pode fazer o pulmão de alguém ficar coberto de fumo, reduzindo-se de tamanho e prejudicando os batimentos cardíacos. Em muitos casos, a aparência jovem das pessoas que fumam muito pode até não se alterar, mas por dentro seus físicos se tornam doentios, fracos e prematuramente envelhecidos.
Não raro pessoas acabam morrendo antes dos 65 anos por causa do cigarro. É muito comum, nas rodas de amigos no Grande Rio, ver pessoas lamentando a perda de amigos, de repente. É frequente, também, a surpresa que muitas pessoas relativamente jovens, entre 25 e 50 anos, morrendo subitamente de infarto ou câncer por causa do tabagismo.
A situação é tão preocupante que se observa, em ruas relativamente fechadas pelos edifícios que formam "muralhas" em seus perímetros, pessoas fumando que praticamente causam o mesmo mal estar a outros como se estivessem em recintos fechados, provocando o mesmo dano à saúde.
O que mais assusta também é não só a campanha pela liberação de cigarros de maconha, mas também pela redução de impostos para os cigarros. Embora tenham como motivo evitar o comércio clandestino e o tráfico, essas campanhas não dão ênfase nas restrições de consumo, e consta-se que os cigarros de maconha herdaram o glamour publicitário que antes era usado para os de nicotina.
A verdade é que os supermercados, bares, boates e bancas deveriam criar uma política de preços para encarecer drasticamente os cigarros, forçando os fumantes a gastar muito mais dinheiro para comprar um maço. Do jeito que as pessoas fumam e compram seus maços, o aumento dos preços dos cigarros poderá abater as despesas dos estabelecimentos comerciais, permitindo, assim, baixar os preços de alimentos ou outros bens de consumo bem mais essenciais.
Se nada consegue desestimular o hábito tabagista de muitas pessoas, pelo menos o aumento de preços, para índices bastante austeros poderia fazer com que os fumantes tenham que pagar mais para continuarem fumando, tendo consciência do dinheiro que perderão com isso.
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