segunda-feira, 26 de junho de 2017

Provas que os "médiuns" brasileiros não podem ser filósofos

FILÓSOFOS OFERECEM PERGUNTAS, ENQUANTO "MÉDIUNS ESPÍRITAS" SE SUPÕEM POSSUIR RESPOSTAS PARA TUDO.

Muitas pessoas, tomadas pela emotividade cega e pelas paixões religiosas, não conseguem discernir as coisas e contraem a mania de certos preciosismos. Uma delas é atribuir aos "médiuns" brasileiros a errônea reputação de "filósofos", uma grande bobagem sem pé nem cabeça.

A atribuição se dá sob desculpas bastante falaciosas. Só porque filosofia quer dizer "amiga da verdade" e aos "médiuns" brasileiros se associa a suposta imagem de superioridade moral e ao pretenso intelectualismo, as pessoas tendem a achar que eles são "verdadeiros filósofos" por causa da suposta inclinação à "verdade" e à "sabedoria".

Essas pessoas nunca leram um livro filosófico e pensam que filosofia é um punhado de frases curtas que se joga nas redes sociais como se fosse "lição de vida", uma prática confusa que pode alternar depoimentos coerentes de intelectuais autênticos como pregações moralistas ou mistificadoras de ídolos religiosos.

Essa atribuição de "filosofia" nada tem de racional, mas é típica do pretensiosismo preciosista de muitos brasileiros, que sempre arrumam uma desculpa "nobre" para seus caprichos e interesses individuais.

Por exemplo, se gostam de tal cantor pop, não é porque suas músicas agradam, mas porque ele é "um grande poeta", mesmo quando suas letras são verdadeiras bobagens. Ficam superestimando o astro, quando o que ele faz não é um amontoado de sucessos comerciais interpretados à custa de muita coreografia e alimentados por factoides de sua vida pessoal.

Os ídolos religiosos são beneficiados por esse pretensiosismo, no qual a emotividade cega se julga substituta da razão. Mas ignora, no caso dos "médiuns espíritas" brasileiros, a grande incoerência que é atribuí-los como "filósofos", que não é difícil de ser diagnosticada por quem entende da verdadeira Filosofia. Vejamos:

1) OS "MÉDIUNS" SE PRETENDEM A TER A RESPOSTA PRONTA PARA TUDO - Os verdadeiros filósofos não têm essa pretensão. O pensamento autenticamente filosófico não tem a pretensão de mostrar respostas, mas questões, procurando instigar o pensamento questionador, enquanto os "médiuns espíritas" têm por tarefa promover a conformação sem estimular o raciocínio crítico das pessoas.

2) OS "MÉDIUNS" EXPRESSAM IDEIAS MISTIFICADORAS - Por mais que um raciocínio filosófico apresente equívocos, seu propósito original é apresentar uma linha coerente de apresentação de ideias. Mas aí os seguidores dos "médiuns espíritas" vão dizer que o que estes falam é "claro, simples e coerente" e "dotado de muita lógica", mas essa alegação, além de ser mais emotiva que racional, revela uma falta de atenção. Se perguntarmos a esses seguidores sobre que razões eles têm, eles responderão de maneira confusa e expressarão sua constrangedora ignorância.

3) OS TEXTOS DOS "MÉDIUNS" SÃO PROLIXOS E REBUSCADOS - Não é próprio do filósofo autêntico o embelezamento de textos, mas o desenvolvimento de ideias. Em muitos casos, seus textos podem até serem difíceis de ler mas eles não tendem a serem prolixos ou rebuscados. Já os textos dos "médiuns" valem mais pelo adornamento de palavras, nas quais o pretexto das "mensagens de amor" e "lições de vida" só servem para dissimular ideias confusas e tentativas vãs de argumentação que divagam demais para apresentar ideias, havendo o risco constante de contradição e falta de lógica.

Com isso, facilmente se questiona a atribuição dos seguidores dos "médiuns" de que seus ídolos são "verdadeiros filósofos". Nem as alegações de "elevada condição moral" justificam, porque os três equívocos apresentados já comprovam que os "médiuns" não se comprometem com a busca da verdade, mas antes a posse de uma pretensa verdade à qual eles acham que não pode ser analisada.

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