A BELA PRINCESA DIANA SE ENCONTRA COM A ARDILOSA MADRE TERESA DE CALCUTÁ, ADULADORA DE AUTORIDADES E MAGNATAS.
Tão dado a condenar a sensualidade e a volúpia, o "espiritismo" brasileiro também tem seus momentos de puro sensualismo. O caso notório do livro Estantes da Vida, de 1969, em que Francisco Cândido Xavier, mais uma vez se aproveitando do carisma de Humberto de Campos, mal dissimulado pelo codinome Irmão X, é um exemplo.
Nele, Irmão X, ou seja, o falso Humberto de Campos da mente traiçoeira de Chico Xavier, se transforma mais uma vez num "repórter do além-túmulo" e resolve entrevistar uma atormentada Marilyn Monroe, um dos maiores ícones sensuais de Hollywood.
A narrativa de uma Marilyn presa a seu túmulo, atormentada e frágil, sugere fantasias voluptuosas de uma melancolia sensual, pois a própria iniciativa de Chico Xavier em narrar a "situação espiritual" da saudosa atriz, não bastasse o equívoco do pseudo-espiritismo de supor vidas espirituais aqui e ali, sem o estudo necessário do pensamento kardeciano, reflete um igrejismo flertando com o erotismo.
O caso de Lady Di é outro exemplo. Mas ele se limita ao enunciado, não é uma mulher sexy que sugere uma tristeza sensual, mas apenas o fato de citar a também sexy (mas à sua maneira, mais discreta) Diana Spencer, a outrora princesa de Gales (se divorciou do príncipe Charles) que tornou-se conhecida como Lady Di. Como Marilyn, Diana faleceu com apenas 36 anos de idade.
Não se trata, portanto, de uma narração sensual de uma suposta angústia espiritual, mas um encontro "no além-túmulo" de Lady Di com Madre Teresa de Calcutá, que faleceu conhecendo os efeitos das denúncias de Christopher Hitchens de que ela era reacionária, maltratava os doentes que alojava em suas "casas de caridade" e se aliava a magnatas corruptos e tiranos políticos para obter vantagens pessoais.
O "encontro" é narrado por outro deturpador da Doutrina Espírita, o "médium" baiano Divaldo Pereira Franco, que pode não ter a mesma popularidade de Chico Xavier e se traveste de "kardecista" de maneira mais verossímil, mas acredita em farsas como "crianças-índigo" e "planetas-chupões" e propaga no mundo inteiro as mentiras igrejistas do "espiritismo" através de palestras em que o "professoral" Divaldo, com sua voz de padre, usa sua verborragia rebuscada e prolixa.
Reproduzimos aqui o relato que Divaldo alega ter sido a "vida espiritual" de Diana Spencer, um devaneio sem veracidade, uma vez que ele segue uma doutrina que nunca estudiou Allan Kardec de forma adequada e, por isso, não pode dar pitacos sobre a vida espiritual de pessoa alguma. Portanto, o relato a ser reproduzido abaixo é puramente fictício.
Além disso, Madre Teresa aparece no "fascinante relato" sem a amargura e o desgosto que ela sentia quando faleceu, depois de desmascarada por Christopher Hitchens através de denúncias sérias que definiram a freira albanesa como "anjo do inferno". No relato divaldiano, ela aparece ainda "triunfante", como no mito construído pelo católico inglês Malcolm Muggeridge.
Observa-se que o relato, de profundo apelo igrejista e com um ranço fortemente católico, ainda cita Teresa de Lisieux, idealizadora da Teologia do Sofrimento que Madre Teresa e Chico Xavier tanto defenderam em suas vidas, mas que Divaldo Franco se mostra mais sutil e cauteloso ao evocá-la (embora no fundo seja solidário a essa ideologia nefasta).
Em tempo: Madre Teresa sempre condenou o divórcio, mas fez vista grossa quando Lady Di se divorciou do príncipe Charles, até pelo fato da madre albanesa ter que consentir com o que autoridades e celebridades fazem para obter muito dinheiro (que não ia para os necessitados, mas para as fortunas dos católicos).
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O "encontro" entre Lady Di e Madre Teresa de Calcutá
Relato feito em palestra por Divaldo Franco
Certo dia, a princesa Diana vai procurar madre Teresa de Calcutá, abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua ordem religiosa.
A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muita rica e famosa. E, com grande carinho, buscou orientar-lhe. Disse-lhe que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza. Então, a madre lhe disse:
- Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas, que sofrem... A caridade pode ser exercida em qualquer lugar onde nos encontremos...
A princesa voltou para o seu palácio e daí em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da aids, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... Desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.
Madre Teresa tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E, entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.
O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a rosa da Inglaterra, como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidente que chocou a todos.
A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois.
Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável. levou-a à cama. Alguns dias se passaram, e madre Teresa veio também a falecer.
Joanna de Ângelis nos contou, então o suceder dos acontecimentos, do "outro lado"...
Madre Teresa foi recebida numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que ela pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.
Madre Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E, no momento de despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a madre, a religiosa afetuosa e amiga que, com extremado amor, lhe diz:
- Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor.
-Nós, que sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo desse encontro!
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