terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Chico Xavier levou os Diários Associados à falência?

UM ANO APÓS A FARSA DE OTÍLIA DIOGO, SEU MAIOR CÚMPLICE VIROU "COLABORADOR" DE O CRUZEIRO.

A trajetória dos Diários Associados mostrou a tendência dominante de duas posturas diferentes. Geralmente O Cruzeiro batia pesado em Francisco Cândido Xavier e a TV Tupi pegava leve, tratando-o com carinho.

No entanto, houve uma situação em que O Cruzeiro resolveu "acariciar" Chico Xavier, um ano depois dele ter sido revelado cúmplice da farsa de Otília Diogo. um escândalo tão grave de ilusionismo circense disfarçado de materialização que a ocorrência foi decisiva para o rompimento de Waldo Vieira com seu antigo amigo. Foi aí que Waldo pulou fora e fundou a Conscienciologia.

Chico Xavier era portador de más energias. Tal constatação, embora cause muitas lágrimas nos "espíritas" e até nos religiosos em geral, por soar "ofensivo" para alguém considerado "de bem", é realista e verídica.

Afinal, Chico Xavier fez plágios e pastiches literários. Criava verdadeiras mentiras impressas ou manuscritas, além de deturpar a Doutrina Espírita fingindo-se "fiel seguidor" de Allan Kardec e cometendo, contra este, traições das mais graves e das mais preocupantes. Que energias boas se esperará de uma pessoa assim? Nenhuma!

Evidentemente, existem interesses mesquinhos por trás da imagem de "bondade" associada a Chico Xavier. Ele cometia fraudes mas as camuflava com "mensagens positivas" e "lindas palavras de amor". Essa armadilha já foi alertada pelo espírito Erasto, quando divulgou sua mensagem a médiuns que prestavam serviço a Allan Kardec.

Erasto advertia para que tenhamos muito cuidado com as mensagens que transmitem "coisas boas", porque é nelas que o perigo da mistificação se torna muito maior, o veneno é muito mais mortal e perigoso quando ele se apresenta com uma aparência atraente e um sabor delicioso, como na mancinela, uma árvore totalmente venenosa com seus frutos de sabor muito agradável.

Pois Chico Xavier é a mancinela religiosa que os brasileiros insistem em tocar. O apego a Chico Xavier é tanto que as pessoas preferem arruinar suas vidas, desde que estejam "protegidas" pelas "lindas palavras de amor" do anti-médium mineiro.

A hipocrisia dessas pessoas se torna notória: precisam de um "velhinho bondoso" para camuflar os maus tratos que fazem contra os velhinhos de seu próprio convívio, como pais, mães, sogras, avós etc. Precisam de um "amigo de verdade" para dissimular o desprezo que dão a amigos próximos. Precisam de um "exemplo de amor e bondade" para compensar a falta de amor e bondade nos seus corações.

E aí Chico Xavier, o pupilo do traiçoeiro medieval Padre Manuel da Nóbrega, que retornou sob o codinome Emmanuel, passou a ser o ídolo maior da preguiça mental, moral e existencial das pessoas, sem saber do grande e perigoso deturpador que ele foi e das energias negativas que ele transmitiu sem que seus seguidores tivessem a menor coragem em admitir.

Até Juscelino Kubitschek atraiu para si energias negativas quando entrou em contato com Chico Xavier. Juscelino ajudou Chico Xavier, transformou a Federação "Espírita" Brasileira em entidade de utilidade pública e tudo o mais e o que o então presidente brasileiro recebeu em troca? Foi amaldiçoado.

Ele não conseguiu ser eleito novamente presidente do Brasil, que era sua meta, o que lhe permitiria iniciar o mandato na Brasília que ele mandou construir. Foi um dos primeiros políticos cassados pela ditadura militar, mesmo depois de assumir oposição ao seu antigo vice, João Goulart. Não foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (que hoje é capaz de eleger uma nulidade como Merval Pereira) e ainda morreu num acidente de carro suspeito mas considerado "normal".

As más energias contagiaram até os que estavam próximos dele. A filha, Márcia Kubitschek, morreu cedo, de câncer, aos 56 anos. O marechal Henrique Teixeira Lott, que garantiu a posse de Juscelino em 1956 e se candidatou como seu sucessor, teve sua filha, Edna Lott, assassinada numa discussão à toa. E até o ator José Wilker, que o interpretou em uma minissérie de TV, faleceu de um estranho infarto.

O CRUZEIRO E TV TUPI

Pois o "bondoso" Chico Xavier, que traz mais azar do que passar debaixo de escada e muito mais do que cruzar no caminho com um gato preto (que preconceito cruel com um bichano!), também acabou trazendo mau agouro para os Diários Associados.

Com a "colaboração permanente" publicando "verdades eternas" - ou seja, aquelas mesmas mensagens igrejistas, várias delas inspiradas na Teologia do Sofrimento, ideologia sado-masoquista tomada de empréstimo da Igreja Católica - , na revista O Cruzeiro e com sua influência "positiva" na TV Tupi, Chico Xavier botou os Diários Associados pra quebrar. No pior sentido.

É só ver como ficaram a revista O Cruzeiro, que publicou as "bondosas" mensagens trazidas pelo anti-médium, e a TV Tupi, que transmitiu pela primeira vez a novela A Viagem, que Ivani Ribeiro escreveu baseada no livro Nosso Lar, a ficção científica medíocre de Chico Xavier.

A colaboração na revista, em 1971, e a novela transmitida em 1975 deram desfechos nada generosos para os dois maiores veículos dos Associados: a revista O Cruzeiro, uma das mais antigas revistas de informação geral e curiosidades do Brasil, encerrou suas atividades morrendo aos poucos, mas de 1975 a 1985 a revista já não tinha mais o estilo histórico de sua trajetória.

Já a Tupi, que inaugurou a história da televisão no Brasil, faliu de maneira vergonhosa em 1980, mas já em 1979 sua agonia era notória, com funcionários fazendo manifestação contra demissões e salários atrasados.

E olha que o empresário Assis Chateaubriand, fundador dos Associados, era tão a favor do golpe militar quanto Chico Xavier, e defendeu a ditadura militar em doses semelhantes (embora sabemos que Chatô não viveu para ver o AI-5).

A TV Tupi não parecia destinada ao mesmo "naufrágio" da TV Excelsior (que era bem administrada, mas faliu porque a ditadura, vendo a ligação do seu antigo dono com Jango, "perseguiu" e "estrangulou" a rede televisiva e a empresa aérea Panair).

Claro, os "espíritas" vão desmentir tudo isso e vão fazer o seu juízo de valor, tanto por conta de sua visão medieval de punições morais como pela tese da Teologia do Sofrimento. Vão dizer que fulano se deu mal na vida só por culpa dele, que havia sido um romano sanguinário e que por isso tinha que pagar "nesta encarnação" para "aprender" porque o "sofrimento" é a faculdade da vida e blablablá.

No "espiritismo" funciona assim. Você é um peixe e isso não importa para eles. Você tem que pular da água e subir para o topo de uma árvore. O sacrifício é só seu. Se não conseguir, a culpa é sua. E, se na primeira tentativa de pulo, uma garça lhe pega e lhe devora, a culpa também é sua, porque deixou que a garça lhe comesse. Você tinha que pular mais alto e brigar com a garça, senão é falta de perseverança, fé e jogo de cintura.

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