NÃO SE PODE FAZER NEM LEVAR ADIANTE UMA MISSÃO DE PROGRESSO
O "espiritismo" brasileiro, que trata a vida na Terra como uma penitenciária, atrapalha, impede e dificulta a evolução das pessoas em seus diversos projetos e atividades de vida. A doutrina, que deturpa seriamente os ensinamentos de Allan Kardec, contribui para o travamento da evolução espiritual e social de diversas formas.
Subestimando a vida material e os projetos de progresso social, o "espiritismo" acaba criando condições que fazem com que pessoas dotadas de ideais bastante elevados e arrojados vivessem pouco ou morressem quando suas missões ainda nem tiveram se completado ou criado frutos.
O Brasil é um dos países em que pessoas dotadas de talento diferenciado mais tendem a morrer cedo, ou então em relativa velhice, entre o final da meia-idade e o começo da terceira-idade. Isso porque elas acabam interrompendo suas missões de transformação, deixadas incompletas.
Em toda sua História, o Brasil teve momentos trabalhosos de desenvolvimento social, não raro diluídos em procedimentos conservadores devido à negociação que as novidades lançadas pelos diversos tipos de atividades humanas têm que fazer com as forças conservadoras que sempre "podam" os avanços sociais para um nível tolerado pelas elites retrógradas.
O próprio "espiritismo" brasileiro se construiu "podando" as ideias de Allan Kardec para um religiosismo herdado do Catolicismo medieval, conservado em toda sua essência, apenas deixando de lado o antigo fervor punitivo, que tornou-se moderado conforme os contextos atuais.
A doutrina não ajuda seus seguidores a avançarem nos projetos pessoais. Há casos de famílias que contam com membros inteligentíssimos, de boa índole e insubordináveis aos abusos de poder, mas que são obrigados a aguentar toda sorte de limitações, infortúnios e até humilhações e arbítrios pesados, isso quando não morrem prematuramente quando nascem ou crescem seus ideais de vida.
Pelas energias pesadas que se nota sobretudo em tratamentos espirituais, mas existentes, mesmo de maneira latente, nas doutrinárias dos "centros espíritas", as pessoas que delas se servem acabam sendo impedidas de aproveitarem as oportunidades da vida, por mais que se esforcem para conquistar seus objetivos e ideais.
Tudo fica travado. É aquela pessoa afim para a vida amorosa, que desaparece no caminho enquanto, em seu lugar, surge uma pessoa sem a menor afinidade e que nenhum proveito traz para o companheiro.
É aquele emprego que não só garantia um bom salário, mas dava chance para o trabalhador desenvolver seus dons pessoais, que ele é impedido de exercer, quando as únicas oportunidades são trabalhos medíocres ou árduos cujo único benefício é tão somente o dinheiro no bolso.
Na sociedade, o que se nota é que, enquanto pessoas de perfil diferenciado são impedidas de se expressarem ou, quando se expressam, tendem a morrer cedo e a deixar sua missão incompleta, vemos pessoas dotadas de mediocridade ou mau-caráter que embarcam na causa alheia prometendo aprendê-la e estraga o projeto original com seus erros e deturpações.
Os nossos mestres em potencial acabam morrendo cedo e deixando seus ensinamentos incompletos. Em compensação, surgem oportunistas que se apropriam de seu legado e distorcem suas ideias originais de maneira bastante leviana, e passam a vida toda fazendo isso, usando como desculpas "fazer algo diferente" ou "aprender sempre com essa linda experiência".
Na vida pessoal, as pessoas mais diferenciadas são as que mais sofrem prejuízo pelo contato com o "espiritismo" brasileiro. Elas são impedidas de realizar seus projetos na vida social, na vida profissional, amorosa e artística, tendo dificuldades até, pasmem, de exercer a caridade ou de ajudar financeiramente os próprios pais.
Essas pessoas, castradas em seus projetos de vida, são obrigadas apenas a aceitar o "que vier" de oportunidade para suas vidas: um emprego qualquer, geralmente com um patrão autoritário e mesquinho, um cônjuge sem a menor afinidade, tudo porque o que importa, pasmem, são apenas necessidades materiais de obter salário e gerar filhos.
Sim, porque o "espiritismo" brasileiro não é espiritualista de verdade, mas tomado do mais profundo materialismo. Em outra oportunidade mostraremos o quanto a forma deturpada de Doutrina Espírita fez para transformar conceitos espiritualistas em um materialismo tosco guiado pelo antigo moralismo católico redivivo pelos "espíritas".
Essas barreiras existentes na vida são interpretadas pelo "movimento espírita" como supostas provações que pessoas diferenciadas são obrigadas a enfrentar, mediante julgamento moralista atribuído por critérios reencarnacionais duvidosos, já que o estudo da vida espiritual é simplesmente nulo no "movimento espírita" do Brasil.
Esse julgamento remete a uma reminiscência do Catolicismo medieval presente no "movimento espírita", e que faz sentido se observarmos que os "espíritas" consideram verídico o fictício julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos (que naturalmente sentenciava os condenados em rito sumário), invenção mitológica do Catolicismo medieval para inocentar os romanos e culpar os judeus pela morte do ativista.
No "espiritismo" todos são culpados até prova em contrário. Os mais submissos ao seu moralismo ideológico e condescendentes às suas mistificações têm mais sorte, assim como aqueles que fazem vista grossa às fraudes cometidas pela doutrina e que não possuem uma personalidade diferenciada.
Por isso, o "espiritismo" acaba protegendo aqueles que se servem a ideais conservadores ou zelam até mesmo para manter estruturas arcaicas ou, pelo menos, relativamente atrasadas da sociedade brasileira (quando se admite alguma modernização tecnológica e uma visão tecnocrática).
Mesmo aqueles que cometem homicídios, por piores e condenáveis que sejam, visando esse fim acabam sendo protegidos pelas vibrações "espíritas". O julgamento "espírita" dá uma ajudinha, definindo as pessoas que tiram a vida de outrem de "justiceiros da lei de Causa e Efeito", versões adaptadas da antiga "pena de talião" atribuída ao pretexto de "reajustes espirituais".
Isso acaba influenciando uma série de retrocessos sociais que a cada vez mais nivelam por baixo a sociedade brasileira. Pessoas diferenciadas são impedidas de se ascenderem socialmente, sendo obrigadas a forçar a barra de uma obediência e um servilismo dos quais não se interessam em fazer e que estão conscientes de que não trarão qualquer proveito em suas vidas nem à sociedade.
Por isso, não temos mais pessoas diferenciadas com visibilidade plena. Hoje o Brasil sofre o império da mediocrização, da canastrice, da canalhice, em que a banalização da violência e da corrupção são apenas seus aspectos mais extremos.
Mas mesmo a cultura teatral, popular, cinematográfica e televisiva, que sustentam um mercado tomado de canastrões de diversos tipos, também impedem o progresso do Brasil, contrariando em todos os sentidos as supostas "profecias" de Francisco Cândido Xavier.
Diz as "previsões" de Chico Xavier que o Brasil se ascenderá através de suas grandes personalidades, dotadas de grande talento, muita inteligência e ideais arrojados de transformação. Divaldo Franco aposta no rótulo "crianças-índigo", criadas por místicos norte-americanos, para definir essas pessoas.
Mas tudo isso é uma grande farsa, porque nossas melhores personalidades quase sempre morrem no meio do caminho, para não dizer no início dele. Ou, quando vivem muito, é para serem escravizadas pelas circunstâncias e guardar seus projetos de vida na geladeira, enquanto são obrigadas a obedecer e servir a pessoas medíocres e cada vez mais estúpidas.
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