quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Situação do Brasil já invalidou, por antecipação, "profecia" da Data-Limite
Não tem alegações de "ciência" nem divagações "filosóficas" que deem jeito. A suposta profecia de Francisco Cândido Xavier, sobre a tal "data-limite", resultante de um simples sonho de quem dorme, já pode ser considerada fracassada por antecipação.
O caótico cenário do governo Michel Temer, que começa a desagradar até mesmo as forças conservadoras que o apoiaram desde quando se manifestavam pela derrubada de Dilma Rousseff, já define como falida a ilusão supostamente progressista que muitos acreditavam se tornar o Brasil a partir de 2019.
Mesmo que o Brasil possa melhorar a partir de 2052 ou 2057, como sugerem algumas correntes de interpretação da "profecia", isso não será da forma que Chico Xavier e Divaldo Franco sonharam. Paciência, eles não são os donos da verdade, e nunca terão razão nas suas supostas avaliações sobre o futuro. Se algo parecer confirmar o que eles "previam", é só mera coincidência.
Mas a tendência é que essa situação tenda a piorar ou, na melhor das hipóteses, permanecer na confusão em que está. O governo de Michel Temer, já considerado o pior da história da República, sempre foi marcado por confusões e incidentes graves, propostas retrógradas, medidas arbitrárias que pegam mal e fazem as autoridades recuarem de alguns pontos, o que não é bom.
O governo não tem representatividade popular, não entrou em exercício de maneira legítima, mas apoiado por um confuso e tendencioso movimento jurídico, parlamentar e midiático dos mais suspeitos, e em nenhum momento trouxe o inicial choque de otimismo que mesmo outros momentos retrógrados da política brasileira chegaram a inspirar na população.
O governo Temer, também popularmente classificado como "golpista", nem sequer deu margem ao habitual refrão dos "espíritas" que, com seu velho igrejismo, costumavam pedir para que orássemos pelo governante de plantão, mesmo o mais enérgico ditador, para "pensar no próximo" e agir "dentro dos princípios cristãos".
Isso porque tanto o governo Temer quanto o "movimento espírita" cometem irregularidades e retrocessos risíveis de tão extremos. Ou, se não risíveis, choráveis. Ambos se apoiam de procedimentos jurídicos de valor bem duvidoso. Sérgio Moro e a Lava Jato dispensam comentários. No caso de Chico Xavier, a omissão da Justiça permitiu legitimar as fraudes literárias aceitando um "espírito Humberto de Campos" com um estilo distante do verdadeiro autor maranhense.
O Brasil mergulhou num cenário confuso em que setores dos mais decadentes da sociedade brasileira tentam se reciclarem e impor suas forças diante da mudança dos tempos. A situação ficou complicada e imprevisível.
Pode ser até que seja complicada também para a plutocracia e seus seguidores e colaboradores, mas uma coisa é certa: nada de "coração do mundo" ou "pátria do Evangelho", porque até o igrejismo "espírita" dá sinais de desgaste com o fracasso dessa ilusão. Até porque o Brasil, virando mais uma vez um fantoche dos EUA, não irá mesmo ser o centro de qualquer coisa no mundo.
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