quarta-feira, 24 de maio de 2017
"Espiritismo" acaba revelando práticas condenadas por Jesus e Kardec
Num Brasil cada vez mais atolado numa areia movediça dos retrocessos sociais, o "espiritismo" brasileiro radicaliza ainda mais seu igrejismo, a ponto de se reduzir a uma versão repaginada do Catolicismo jesuíta, atualizando sua conduta medieval apenas fazendo concessões a práticas ocultistas e esotéricas de antigos "feiticeiros".
Os palestrantes "espíritas", em boa parte "médiuns" dotados de culto à personalidade, já se equiparam aos antigos sacerdotes fariseus, que se gabavam em "estarem próximos a Deus", e o cortejavam com seu balé de palavras belas e sua oratória ornamentada ao máximo possível.
Ultimamente, se acentua o preço caro pela escolha do roustanguismo e, depois, da dissimulação em que o roustanguismo era praticado enquanto o nome de J. B. Roustaing era jogado debaixo do tapete, enquanto o pobre do Allan Kardec era bajulado a todo momento (e nunca seguido, diga-se de passagem).
Hoje os "espíritas", apavorados com tantas críticas, se dividem entre chorar seu vitimismo e apedrejar os outros (afinal, eles se acham à porta do Céu). Acusam os outros de "intolerância", "ódio" e "falta de prece", revelando o quanto os "espíritas" se preocupam com o argueiro que não há nos que criticam a deturpação, e ignoram as traves de seus olhos, cegos por um roustanguismo praticado sob o manto do suposto respeito a Kardec.
Quantas práticas o "espiritismo" não faz que deixariam envergonhados Allan Kardec e Jesus de Nazaré? Podem haver mil palavras dóceis, ilustrações com coraçõezinhos, pinturas com um Jesus agigantado segurando o planeta com a palma de sua mão, e apelos sucessivos à "fraternidade", que tudo isso é na verdade uma cortina de fumaça para um igrejismo medieval e antiquado.
Os sacerdotes criticados por Jesus em seu tempo faziam as mesmas práticas que os retóricos da "mensagem espírita" fazem: textos rebuscados, palavras belas, bajulações aos grandes mestres, presunção de proximidade com Deus, como se estivesse em mãos o passaporte para o Céu. Já se supõem até os detalhes da "festa do Céu" que acolherá Divaldo Franco assim que ele for para a "pátria espiritual".
O "espiritismo", que tanto se autoproclama "religião da caridade" e "ciência do amor", investe tão pouco em caridade, jorrando meras migalhas financeiras para praticar Assistencialismo, arremedo de filantropia que não traz resultados profundos e antes serve para a promoção pessoal do "benfeitor" da ocasião.
Enquanto isso, quantos e quantos dinheiros são investidos para palestrantes "espíritas" viajarem em bons aviões e participarem de pomposos congressos, realizados em hotéis cinco estrelas, com medalhas, diplomas, condecorações e outros títulos terrenos à espera, que nem de longe se converterão em mais pão para os pobres e enfermos?
O desprezo aos avisos do espírito Erasto, depois tardiamente bajulado e mal interpretado sob um fingido apoio dos "espíritas" brasileiros, só fez com que a doutrina abandonasse seu pioneiro codificador para se rebaixar a uma versão informal do velho Catolicismo da Idade Média. Coisa que as eternas promessas de "aprender melhor Kardec" nunca resolverão, porque desde a "fase dúbia" se promete muito isso e o resultado vemos hoje, com o "espiritismo" brasileiro em crise.
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