quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Os Falsos Cristos, Falsos Profetas, Falsos Kardecs, Falsos Erastos e outras farsas

OS MAIORES TRAIDORES DO ESPIRITISMO.

Jesus havia advertido para os falsos cristos e falsos profetas. Por sua vez, Allan Kardec advertiu para os deturpadores do Espiritismo, que usariam de apelos como "amor e caridade" para dominar as pessoas e inserir ideias contrárias aos postulados originais da Doutrina Espírita.

Infelizmente, os deturpadores do Espiritismo conseguiram realizar seus objetivos de dominar a sociedade, apoiados por um engenhoso processo de Comunicação, inclusive com apoio de poderosos veículos midiáticos - TV Tupi e Rede Globo - e um forte lobby exercido no mercado editorial, enquanto o público era dominado pelos apelos emotivos mais fortes e pelo aparato de uma fajuta, porém apelativa, caridade paliativa do Assistencialismo.

Foi um longo trabalho de dominação que deu certo porque os brasileiros em geral são desinformados de muitas coisas e o Brasil é o país propício para certas armadilhas ideológicas que, no mundo desenvolvido, são facilmente identificadas e repudiadas, mas que aqui são vistas, erroneamente, como a "salvação da lavoura".

Aqui temos não só os falsos cristos e os falsos profetas, mas os falsos Kardecs, os falsos Erastos, os falsos Paulos de Tarso e até os falsos filhos pródigos, que cabem aqui serem identificados para compreendermos a farsa que é a deturpação espírita. Aqui estão:

OS FALSOS CRISTOS

Define-se como "falso cristo" aquele que não apenas se julga o "salvador da humanidade", mas também aquele que reage com vitimismo às críticas, criando uma cruz imaginária e fazendo dramalhão de si mesmo, acusando seus questionadores de "inquisidores perversos".

Francisco Cândido Xavier foi um dos primeiros "falsos cristos" brasileiros, no sentido em que reagia com vitimismo às acusações, dotadas de muito fundamento, fazia todo um jogo de cena ficando cabisbaixo e reagindo em silêncio, como se pudesse ser invencível com tais poses.

Como deturpador da pior espécie, cujas obras contrariam frontalmente os ensinamentos espíritas originais, Chico Xavier era uma espécie de Lula ao avesso, pois, enquanto o famoso petista é condenado sem provas por supostos esquemas de corrupção, o "médium" é inocentado até diante de comprovações sérias e fartas sobre suas irregularidades mediúnicas e seu reacionarismo ideológico.

O apoio à ditadura por parte de Chico Xavier é um fato comprovado pelo próprio depoimento que o "médium" deu no programa Pinga Fogo, para uma grande audiência e com forte repercussão na opinião pública. Mesmo assim, alguns setores das esquerdas, ignorando o direitismo do "médium", chegam a lhe dar consideração, iludidos com a imagem de "filantropo" construída pela grande mídia, sobretudo a nada progressista Rede Globo de Televisão.

No caso da usurpação do nome do escritor Humberto de Campos, apesar de todas as provas de que o estilo do autor maranhense "desapareceu" nas supostas psicografias, as pessoas insistem em definir tais "obras psicográficas" como "autênticas", apenas porque, pasmem, "não trazem mensagens ofensivas".

Não apenas Chico Xavier, mas Divaldo Franco e outros supostos médiuns têm no vitimismo um método para reagir às críticas, fingindo fraqueza, criando um jogo de cena no qual a pose de vítima é um apelo feito para forçar a comoção pública, como falsos cristos com suas cruzes imaginárias.

Outro aspecto do "falso cristo espírita" é que ele tenta comparar seus turismos para divulgar livros e palestras em lugares de luxo e nas mais badaladas cidades do planeta com a peregrinação de Jesus nos arredores da Judeia.

Uma coisa é um palestrante "espírita" viver de conforto, pegar aviões de primeira classe, hospedar-se em hotéis cinco estrelas, palestrar para ricos e receber prêmios. Outra é Jesus andar de casa em casa, sob um sol incandescente ou chuvas grossas, para divulgar ensinamentos diversos, não só os ditos "religiosos", mas conhecimentos políticos e sócio-culturais nem sempre socialmente aceitos então. E recebendo apenas modesta alimentação e leitos da mais pura simplicidade.

FALSOS PROFETAS

O falso profetismo dos "médiuns espíritas" se revela diante da pretensão de prever fatos futuros. Chico Xavier e Divaldo Franco foram conhecidos por tais pretensões, que Allan Kardec condenava, por não ver sentido lógico em prever fatos em épocas determinadas, podendo se esconder mistificadores e enganadores através de tamanha extravagância mística.

A tese da "data-limite" de 2019 é ilustrativa e, no caso de Xavier, a "profecia" é tão ridícula que existem erros de natureza geográfica e sociológica que supõem, por exemplo, que as catástrofes sísmicas e vulcânicas a atingir o Círculo de Fogo do Pacífico, afetando o Japão e a Costa Oeste dos EUA (incluindo a Califórnia), poupariam o Chile (o que seria impossível), ou que eslavos migrariam ao Nordeste brasileiro para morrerem de choque térmico com o calor da região brasileira.

Divaldo assina embaixo essas "profecias", que seu amigo mineiro havia previsto já no final dos anos 1930 e, também, antecipado alguns detalhes na entrevista ao Pinga Fogo. O "médium" baiano também é dado a tais palpites e tenta se sair da encrenca da primeira predição falha de 2012, quando Divaldo acreditava que a humanidade iria se regenerar e o que se seguiu foram graves crises.

É risível que os "espíritas" se confundem quando falam em transformações da humanidade, sem poder explicar com clareza se a regeneração envolve graves conflitos e crises ou se elas se encerrarão nessa fase. Hipócritas, eles são capazes de dizer, na véspera, que o progresso humanitário está certo e, quando isso não acontece, tentam enrolar dizendo que "forças obsessoras não deixaram".

FALSOS KARDECS

O "espiritismo" brasileiro já criou falsos Allan Kardec, em "psicografias" risíveis em que o Codificador fala português fluente e prosaico e, estranhamente, pede para que "prestemos atenção à Revelação da Revelação", uma alusão ao subtítulo de Os Quatro Evangelhos de J. B. Roustaing. Imagine Kardec pedindo para valorizar o seu próprio deturpador, em detrimento dele mesmo!

E quantos falsos Kardecs não são os "médiuns", que de forma contraditória até se arriscam a expor uma teoria espírita aparentemente correta, sobretudo em programas de TV ou em entrevistas à imprensa. No entanto, fora de tais ocasiões, os "médiuns" mergulham num igrejismo extremado, sem escrúpulos de trair os postulados espíritas originais, usando a desculpa dos "ensinamentos cristãos" que acabam permitindo todo tipo de igrejismo.

FALSOS ERASTOS

Há também os falsos Erastos, que fingem denunciar os deturpadores do Espiritismo, para reafirmar a própria deturpação ou o poder de alguns deturpadores. Temos o caso constrangedor e risível de Divaldo "denunciando" deturpadores como Ramatis, que, revelou-se depois, ele mesmo seguia.

Os falsos Erastos tentam falar dos "desfiguradores da Doutrina Espírita" para dar a falsa impressão de que eles zelam pelo legado de Kardec que eles mesmos traem. Apelam para uma fidelidade doutrinária que eles mesmos são os primeiros a descumprir, e criticam a "vaticanização" espírita que tanto praticam com muito entusiasmo.

FALSOS PAULOS DE TARSO

Divaldo Franco foi chamado de "Paulo de Tarso do mundo hodierno" por certo seguidor. Era a suposta atribuição de mensageiro cristão, de conselheiro da humanidade, que, no entanto, apresenta sérios problemas.

Esses problemas estão sobretudo ligados a um apelo igrejeiro, pois, sob o pretexto de esclarecer a humanidade e conduzi-la a um aperfeiçoamento moral genuíno, aglutina-se multidões para seguir o "espiritismo" de forte apelo igrejeiro, inserindo dogmas medievais e ideias sem pé nem cabeça, como "crianças-índigo", o indigesto prato principal dos banquetes verborrágicos "pela paz".

Aliás, devemos deixar de lado as paixões religiosas e verificar o equívoco de se falar tanto em paz. A expressão é abstrata e, numa sociedade complexa como a nossa, não há como perder tempo teorizando a paz, enquanto se deixam as desigualdades e sofrimentos alimentar ódios, rancores, depressões e angústias. E o próprio apelo dos "espíritas" para aceitar o sofrimento só piora as coisas.

FALSOS FILHOS PRÓDIGOS

A chamada "retratação" ao "espiritismo" brasileiro tem casos de arrepiar. Casos de pessoas antes consideradas céticas, ateias ou agnósticas que se rendem ao "espiritismo" brasileiro "movidos pela força do amor". Desconhecem eles que essa "força do amor" nada mais é do que a perigosa armadilha do "bombardeio de amor", que causa um transe emocional extremo e entorpecedor.

É notório que quantos ateus e céticos, que chegavam a fazer duras críticas aos "espíritas", depois se rendam ao canto-de-sereia dos "centros espíritas" e dos "médiuns" divinizados por suposta caridade, que é bem menos eficiente e expressiva do que se diz aos quatro cantos do mundo.

Isso pode, à primeira vista, aludir à parábola cristã do filho pródigo, daquele jovem que se perde pelo caminho e volta para os braços do pai, sendo recebido de forma bastante calorosa. Mas, neste caso, a associação é falsa. E como os falsos filhos pródigos, na verdade leigos capturados pelo igrejismo "espírita", eles servem de propaganda para esta doutrina catolicizada que prevalece no Brasil.

Só que a "retratação", ou seja, a rendição dos leigos ao "espiritismo" brasileiro, dominados por traiçoeiros e intensos apelos emocionais (como se fossem mancenilheiras de palavras e imagens, "belas" mas perigosas) se compara ao que ocorria na Idade Média, quando os hereges eram coagidos a se converter aos domínios da Igreja Católica. A única diferença é que o "espiritismo" brasileiro usa métodos aparentemente mais suaves para dominar tais pessoas.

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