TREINAMENTO DE JOVENS TERRORISTAS DO JIHAD.
O ódio não vem por decreto. O que faz o radicalismo religioso adotar posturas bélicas é quando, impossibilitado de expandir seus domínios de maneira natural, reagem de maneira violenta chegando mesmo a criar milícias para proteger e garantir seu poder.
O fundamentalismo religioso é um dos fenômenos mais preocupantes da humanidade no mundo inteiro, e ela não irá destruir apenas o "velho mundo". Ele já pratica atos eventuais no chamado "mundo desenvolvido", não bastassem os estragos feitos no Oriente Médio.
A ideia de Guerra Santa, que há muito ocupa o noticiário político internacional, é remanescente da Idade Média, quando o Islamismo e o Catolicismo criaram forças militares para zelarem por suas supremacias religiosas respectivas.
As chamadas Cruzadas do Catolicismo agiram como um verdadeiro Exército que tanto sangue humano derramaram para proteger os interesses e domínios da "Santa Igreja". O Islamismo, que deturpa a religião muçulmana atribuindo a ela a permissão para matar, é a mais antiga força bélica em atividade no mundo.
Tudo isso não vem porque um pregador disse "eu vou acabar com vocês", "eu vou mandar no mundo" e "hoje vocês estão sob meu poder". Tudo surge quando o crescimento de um movimento religioso, quando encontra obstáculos de qualquer natureza, impulsiona uma reação drástica de seus líderes e seguidores.
A coisa não é tão simples quanto se imagina e ninguém vai guerrar com o corpo pintado de preto e os chifres colocados em cima da cabeça. Muitas das sangrentas operações bélicas foram decididas por sacerdotes de batinas visando a proteção do "santo nome do Nosso Senhor Jesus Cristo".
Supremacias religiosas sempre causam arrepios naqueles que não compartilham de suas fantasias. O risco de uma Terceira Guerra Mundial não parece se dar à luz da Ciência ou da corrida espacial, como imaginava Francisco Cândido Xavier no seu famoso sonho de 1969.
O pior dos conflitos, na verdade, se mostra quando a religião e suas fantasias sai de seu natural lugar de culturas, ritos e lendas para se julgar acima da realidade, se achando melhor do que outras crenças e estabelecendo uma corrida rumo à supremacia.
Isso se vê não somente no Islamismo, como se nota no recente movimento da Igreja Universal do Reino de Deus, "Gladiadores do Altar", e em atitudes agressivas que os próprios seguidores de Chico Xavier adotam na Internet, ameaçando e xingando quem não compartilha com suas fantasias.
No Brasil, fica complicado explicar isso, porque aqui o que se observa é a capacidade de muitas pessoas criarem malabarismos das palavras, fazendo mil argumentos para "justificar" abusos, credulidades, omissões, retrocessos ou tudo o mais de negativo, através de alegações que tentam a todo custo promover sua validade e sua permanência.
O "amor" de letras "desencarnadas" do "movimento espírita" já mostra casos de "ódio" movidos justamente por aqueles que se dizem "perdoar sempre" e "incapazes de fazer mal a um micróbio". O caso Amaury Pena, o sobrinho de Chico Xavier, já deu o sinal vermelho diante do ódio e das calúnias contra o jovem que iria denunciar as irregularidades do próprio tio.
Recebemos mensagens de internautas reclamando de conflitos familiares, cyberbullying, chantagens e ameaças vindos justamente de pessoas que professam a "religião espírita" e que se autoproclamam comprometidas com o amor e o perdão sem limites.
É preocupante, porque o "império do amor" pode se tornar pretexto para futuras manifestações de ódio, e isso pode trazer movimentos bélicos ou atitudes rancorosas e vingativas de qualquer natureza, que contrariam a presumida intenção de "promover a solidariedade entre os povos".
A Guerra Santa pode se tornar um modelo "emergencial" para a proteção de seitas religiosas. Os "Gladiadores da Fé" divulgam seu movimento com atitudes paramilitares, usando o fanatismo religioso para rasgar a Constituição e favorecer a "bancada evangélica" que ameaça transformar o país numa teocracia neopentecostal.
O problema será a eclosão de futuros conflitos religiosos, que podem produzir um genocídio sem precedentes, não apenas no "velho mundo", mas também no Brasil, onde os focos genocidas já se encontram atuantes principalmente na criminalidade suburbana e na pistolagem das áreas rurais.
Por isso, a cautela é enorme. Acreditar em contos-de-fadas, com a fada madrinha salvando o Brasil e desenvolvendo a sua supremacia político-religiosa "para o bem", não faz sentido. Se o Brasil exercer supremacia político-religiosa no mundo, o que teremos é tão somente uma nova teocracia, nos moldes do Catolicismo medieval redivivo pelo "movimento espírita".
Se isso ocorrer, pior para os brasileiros, porque, do jeito que estão os conflitos religiosos, o Brasil apenas entrará na Guerra Santa, o que poderá causar, no território brasileiro, não um ambiente de paz e solidariedade, mas um ambiente de destruições, mortes e muita, muita insegurança, pelas reações que grupos religiosos rivais causarão uns nos outros.
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